INTRODUÇAO: A anorexia nervosa (AN) e a bulimia nervosa (BN) afetam principalmente adolescentes, resultando em morbidez crônica que pode levar à morte, sendo considerado um problema de saúde pública. O final do século XX enfatiza a inclusão da família no tratamento de pacientes portadores de anorexia e bulimia nervosa. Pesquisas colocam como relevante considerar a estrutura familiar, as práticas conversacionais e os legados transgeracionais como elementos que podem estar contribuindo, de modo significativo, no desenvolvimento ou na manutenção dos transtornos alimentares. OBEJTIVOS: O estudo teve como objetivos revisar os principais achados na literatura acerca da AN e BN, definir os fatores de desequilíbrio biopsicossocial e descrever os seus aspectos clínicos. METODOLOGIA: Estudo do tipo descritivo e bibliográfico, foi desenvolvido a partir de informações coletadas em revistas científicas capturadas em bibliotecas virtuais, no período de abril a junho de 2007, excluindo-se estudos de revisão e relatos de caso, e utilizados artigos publicados no período de 2000 a 2007. DISCUSSAO: Os transtornos alimentares (TA) têm uma etiologia multifatorial, envolvendo componentes biológicos, relacionados ao crescimento e desenvolvimento corporal que são alvos freqüentes de comparação e separação por grupos; psicológicos, quando práticas discriminatórias são impostas a indivíduos vulneráveis; e sócio-culturais, com o modismo, a mídia e a supervalorização de celebridades magras; unidos, estes fatores podem desenvolver e, muitas vezes, perpetuar a doença. Embora os distúrbios alimentares sejam classificados entre as enfermidades psiquiátricas, estão associados a significativas complicações fisiológicas, e taxas de morbidade e de mortalidade entre 5 e 15%. CONCLUSAO: A maioria dos autores concorda que a anorexia e a bulimia são distúrbios psiquiátricos, que podem evoluir para um desequilíbrio fisiológico grave e causar a morte. Mas, é possível a recuperação de pessoas com transtornos alimentares. Para tanto, destacamos a importância do diagnóstico precoce e do conjunto de ações de promoção à saúde e de atenção terapêutica ao paciente, sob a responsabilidade da equipe multidisciplinar. Portanto, torna-se imprescindível o papel do enfermeiro que, na execução da consulta de enfermagem, identifica os fatores que podem predispor aos TA, realizando uma avaliação ampliada e realizando os encaminhamentos necessários para outros profissionais de saúde.