As doenças cardiovasculares constituem a principal causa de morte no mundo, principalmente nos países desenvolvidos. Nos países em desenvolvimento como o Brasil, a incidência das doenças cardiovasculares apresentam acentuada elevação com destaque para as cardiopatias isquêmicas. Este estudo teve como objetivo traçar o perfil sociodemográfico e clínico dos pacientes portadores de cardiopatia isquêmica atendidos no ambulatório de cardiologia do interior do Estado de São Paulo. pelo Sistema Único de Saúde, no período de janeiro à junho de 2011. Trata-se de estudo descritivo. Os dados foram obtidos por meio de entrevista estruturada com os pacientes. Durante a entrevista foi aplicado um instrumento desenvolvido para o estudo que permitiram a caracterização sociodemográfica e clínica dos sujeitos (registro, idade, data de nascimento, sexo, raça, ocupação, escolaridade, situação conjugal, renda individual e familiar, procedência, tipo de evento isquêmico, tratamento e fatores de risco cardiovascular). Os dados foram submetidos a uma análise estatística descritiva utilizando o programa SPSS (“Statistical Package for the Social Sciences”), versão 14.0. O grupo caracterizou-se pelo predomínio do sexo masculino (53%), com idade entre 36 e 81 anos, média de 56,9 (±11,6) anos, A maioria caucasiano (71,8%), casado (46,8%), com escolaridade média de 5,5 anos de estudo, com renda média mensal individual de R$ 710,97 e renda média mensal familiar de R$ 1290,00 e aposentado por invalidez (40,6%). A maioria dos sujeitos era procedente do interior do Estado de São Paulo. Em relação às características clínicas do grupo estudado observou-se que 56,2% dos sujeitos apresentavam diagnóstico de IAM e o fator de risco mais prevalente foi a hipertensão arterial (90,6%) seguido pela dislipidemia (46,8%). Conhecer o perfil da população atendida no serviço de saúde é de grande importância para a equipe multidisciplinar, pois através deste conhecimento a equipe poderá se organizar para realizar um atendimento de melhor qualidade de acordo com as necessidades da população atendida e contribuir para o planejamento de programas para atender os pacientes portadores de cardiopatia isquêmica.