O enfermeiro utiliza o método da Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) para a operacionalização do cuidar, possibilitando que este profissional identifique o processo saúde-doença, relacionando a diagnósticos e respectivas intervenções, a fim de que a equipe consiga prestar uma assistência planejada. Neste contexto, ressalta-se que durante a fase operatória, o paciente também necessita de uma assistência individualizada e sistematizada, na qual o profissional tem condições de amenizar o impacto sofrido pelo paciente frente ao ambiente, prestando os cuidados de forma humanizada. O projeto teve como objetivo implementar a sistematização do cuidado aos pacientes no período pós-operatório. Trata-se de um relato de experiência de um projeto realizado por uma acadêmica do 7º período do Curso de Graduação em Enfermagem da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, durante a disciplina Estágio Supervisionado: área hospitalar, no período de fevereiro a junho de 2011. O campo de estágio foi o Centro Cirúrgico do Hospital Nossa Senhora da Saúde, no município de Diamantina–MG. Inicialmente, foi realizado um diagnóstico situacional, a fim de perceber as necessidades do setor, e verificou–se a importância da realização deste trabalho. Posteriormente, a aquipe de enfermagem foi capacitada acerca da SAE e sua relevância, focando na assistência de enfermagem perioperatória. Foi elaborado um formulário com os principais diagnósticos encontrados nos pacientes do Centro Cirúrgico desta instituição, as principais orientações de cuidado pós-operatório, na forma de check- list, e um espaço para a anotação de enfermagem da Sala de Recuperação Pós - Anestésica (SRPA). Este formulário foi anexado no prontuário dos pacientes que se submeteram a algum tipo de tratamento cirúrgico. Com este instrumento, foi possível avançar no processo de implementação da SAE no setor, mais especificamente na SRPA, qualificando o trabalho do enfermeiro. A partir disto, os riscos de complicação pós-operatória diminuem, as necessidades são avaliadas, a assistência é planejada, deixando o paciente e a família mais tranquilos, contribuindo na recuperação. Constata-se que sistematizando a assistência, o trabalho do enfermeiro se torna mais facilitado, agilizando suas tarefas, além de promover maior vínculo com o paciente. Portanto, há uma significativa melhora no serviço da equipe, dando ao enfermeiro mais autonomia, além de respaldo legal por meio dos registros de enfermagem.