O acelerado progresso científico e tecnológico da saúde vem tornando a prática dos profissionais de saúde desumanizada. Os princípios básicos da bioética como beneficência, maleficência, respeito à autonomia e justiça estão sendo colocados em segundo plano. O objetivo deste trabalho foi realizar reflexões éticas no que diz respeito às ações humanizadoras dentro de um serviço de urgência e emergência mostrando a atuação do profissional de saúde como agente consciente deste processo. Foi realizada uma revisão bibliográfica sobre o tema da ética relacionado à humanização nos serviços de urgência e emergência em teses, artigos e livros. Dentro de um Serviço de Urgência e Emergência, o enfermeiro se depara com diversas questões éticas (triagem, transplante, religiões) no código de ética da enfermagem e nos princípios básicos da bioética. No entanto, o que se verifica é um quadro limitado de profissionais, deficiência de bens e recursos materiais, condições insalubres de trabalho e um progresso científico cada vez mais avançado o que limita a humanização dos profissionais de enfermagem junto aos pacientes que necessitam de assistência. Quando a humanização de um serviço de urgência e emergência é definida como fundamental para a prática ética, é necessário que se busque estratégias que contribuam para humanização do trabalho em todas as dimensões. Para a implantação do processo de humanização na área de urgência e emergência e fundamentada na ética é necessário um resgate da dimensão humana em todas as relações de trabalho, bem como criação de estratégias e políticas que considerem como ponto primordial os direitos dos seres humanos.