As políticas de atenção à saúde da mulher enfocam ações de promoção, prevenção, assistência e recuperação da saúde de forma integral. O pré-natal está inserido nessas práticas assistenciais e tem como objetivo ofertar acompanhamento a díade mãe e filho durante o ciclo gravídico. O enfermeiro, conforme suas competências e habilidades; desenvolve o cuidar mediante a sistematização de assistência de enfermagem. O estudo teve como objetivo descrever as vivências de discentes e docentes nas práticas de pré-natal realizadas na Estratégia Saúde da Família. Trata-se de um relato de experiência ocorrido durante as atividades práticas da disciplina Enfermagem em Saúde Coletiva II, da Universidade Federal de Campina Grande, Campi Cajazeiras, durante os meses de maio e junho do ano vigente. Os participantes realizaram consultas de pré-natal em uma Unidade Básica de Saúde do município de Cajazeiras – Paraíba, seguindo roteiro sistematizado e de acordo com a singularidade de cada gestante. Os resultados apontaram que as vivências permitiram aliar o embasamento teórico com a prática, quando os envolvidos desenvolveram tais ações com gestantes na faixa etária entre 14 e 35 anos; de diferentes idades gestacionais e histórias pessoais, intercorrências, conflitos familiares e conjugais. Nas consultas foi realizado o levantamento dos dados da gestante e implementado exame físico. Identificou-se gestantes com alimentação irregular e déficit de conhecimento relacionado às orientações necessárias ao ciclo gravídico. A imunização recomendada seguia de forma satisfatória e os exames realizados conforme preconizado pelo Ministério da Saúde. As condutas foram direcionadas de forma específica e por trimestre gestacional, dentre elas, orientações quanto alimentação, sono e repouso, eliminações, desenvolvimento gestacional, uso de medicamentos, exames laboratoriais e complementares, imunização, sexualidade, participação familiar, aprazamento de retorno. A presença de gravidez em adolescentes destacou-se; pois como essa fase de vida é considerada como um dos fatores de risco para determinadas patologias durante o ciclo gravídico, os autores desenvolveram ações de forma integral envolvendo a família dessas gestantes. Considera-se que as práticas de pré-natal viabilizam conhecimento ao graduando em enfermagem, fortalecem a parceria entre universidade e os serviços de saúde da atenção básica; além de possibilitar vínculos entre alunos, professores, equipes de saúde e gestantes.