Os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) são serviços de atenção diária que surgiram como proposta de transformação da assistência ao portador de transtornos mentais. Dados indicam que mudanças vêm ocorrendo no atendimento aos portadores de transtorno mental, neste contexto, a presente pesquisa tem por objetivo realizar estudo diagnóstico sobre as categorias profissionais que atuam em CAPS, sua formação e as atividades desenvolvidas pelas categorias profissionais nas equipes dos CAPS. É uma pesquisa de natureza quantiqualitativa, do tipo exploratória. Os participantes são 37 profissionais de três CAPS administrados pela Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro. O instrumento de coleta de dados é um roteiro de entrevistas semiestruturado. O estudo foi aprovado pelo comitê de ética da Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil do Rio de Janeiro sob nº 72/10. No que diz respeito à conformação da equipe, é predominantemente feminina, com idade média de 43 anos. O tempo médio de formado é superior a 10 anos em 68% dos entrevistados, o que revela que não tiveram em sua formação conteúdo relativo à atual política de saúde mental. Cerca de 70% dos profissionais realizaram pós-graduação e quatro profissionais não fizeram algum tipo de atualização. Observou-se diversidade quanto a constituição da equipe, há 31% de psicólogos, seguidos por enfermeiros, técnicos de enfermagem, terapeutas ocupacionais e médicos (11% cada). No que diz respeito à atuação dos profissionais, foram identificados atendimentos em grupo, individual, extra muro e oficina terapêutica. Essas ações são desenvolvidas junto aos portadores de transtornos mentais e aos familiares e podem ser realizadas por um ou mais profissionais. A atividade menos desenvolvida é a oficina terapêutica e as outras são realizadas equitativamente. Os profissionais que mais citam atividades são terapeutas ocupacionais, psicólogos, enfermeiros e psiquiatras e o que cita menos ações são os assistentes sociais. A partir do que foi apresentado, a constituição das equipes está de acordo com o indicado pelo Ministério da Saúde, porém faz-se necessário avaliações mais apuradas para indicar se há proporção adequada entre o número de profissionais e a clientela atendida nos serviços. Porém, o número predominante de psicólogos influencia diretamente na dinâmica do trabalho interdisciplinar. Os profissionais têm oferecido diversidade de atividades, procurando atender a demanda dos usuários e familiares.