Introdução: Os profissionais que cuidam de pessoas portadoras de tuberculose (TB), dentre eles o enfermeiro, têm necessidade de capacitação técnica e científica para atuar durante o tratamento do paciente de forma efetiva, interagindo e identificando metas e formas para alcançar junto a este paciente os objetivos comuns. Por esse motivo, utilizar-se de modelos conceituais e teorias da disciplina para fundamentar a prática assistencial é uma maneira de levar o profissional a pensar de forma crítico-reflexiva durante o seu ser e fazer, bem como comprometer-se com o paciente ao qual assiste. A teoria de enfermagem, dentro desse contexto, contribui para formar uma base devidamente fundamentada sobre a prática, ao auxiliar e explicar suas abordagens. Objetivo: Analisar a adesão ao tratamento de TB, em sua relação com o conceito de interação da Teoria de Alcance de Metas proposta por Imogene King, e suas implicações para a enfermagem. Metodologia: Ensaio teórico, apresentado na forma de exposição lógico-reflexiva com ênfase na argumentação e interpretação pessoal, realizado a partir das reflexões e discussões vivenciadas durante a disciplina Análise Crítica das Teorias do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Para tal, realizamos uma extensa busca bibliográfica em bases de dados de periódicos, livros, teses e dissertações, aliada a discussão em sala de aula. Resultados: As percepções, julgamentos e ações do enfermeiro e do paciente, se congruentes, produzem transações dirigidas às metas. Nesse sentido, percebe-se que a qualidade de comunicação paciente-profissional pode garantir a adesão ao tratamento, tendo um impacto positivo no resultado do controle e cura da TB. Identifica-se, portanto, que a necessidade de adesão ao tratamento requer interação efetiva, podendo ocorrer pelo estabelecimento de metas mútuas fixadas com cada paciente. Conclusão: A teoria em estudo é, não somente aplicável ao acompanhamento e tratamento dos pacientes com TB, mas muito desejável para a prática, pois viabiliza uma forma de interação paciente-enfermeiro necessária à eficácia terapêutica. O tratamento de TB requer um cuidado profissional, familiar, social, e principalmente, pessoal, na medida em que pode-se apresentar uma evolução complicada, o que pode desestimular o paciente, levando à alta taxa de abandono e recidiva.