Nas ultimas décadas têm se observado mudanças sobre o processo de reabilitação social do doente mental no que diz respeito ao tratamento e ao cuidado. Os serviços e programas para os deficientes mentais, como as residências terapêuticas, os centros de atenção psicossocial, “programa de volta para casa”, centros de vivência, entre outros, surgiram com o objetivo de deslocar a atenção do âmbito hospitalar para o comunitário, favorecendo um cuidado que envolva a sociedade, a comunidade e a família, a fim de promover a autonomia e auto-estima dos deficientes mentais, fazendo valer os direitos de cidadania. Pode-se considerar hoje que o grande desafio para a Saúde Mental é trabalhar com a inclusão social dos deficientes mentais, prepará-los para retornar à sociedade como cidadãos, enfrentando as dificuldades existentes. O presente trabalho tem como objetivo refletir sobre a ressocialização dos doentes mentais, no âmbito da sociedade, a partir do contexto familiar. Trata-se de um estudo de reflexão, com embasamento em de artigos científicos. Ainda hoje podemos perceber a dificuldade da inclusão do doente mental na sociedade, pois o preconceito e a incerteza da capacidade destes doentes ainda se fazem presente no mercado de trabalho e no cotidiano das pessoas, que a cada dia estão se tornando mais técnicas, competitivas e individualistas. Isso se deve ao surgimento de novas tecnologias e de uma sociedade competitiva baseada no capitalismo. Estes fatores estão modificando os valores pessoais como respeito, solidariedade, união, generosidade e infringindo os direitos humanos, que estão ficando cada vez mais esquecidos, ou simplesmente ignorados. Defendemos que uma das principais estratégias para a inclusão destes pacientes é a integração da família no cuidado. Integrar a família no processo de reabilitação do doente mental traz suporte afetivo, segurança, além de proporcionar a aproximação desse indivíduo à rede social, tendo a oportunidade de criar vínculos e se inserir no mercado de trabalho. Portanto, o cuidado com os doentes mentais precisa ser avaliado sobre esta perspectiva, já que se faz necessário preparar os pacientes para a sociedade, como também a sociedade para recebê-los. Neste sentindo, torna-se fundamental um trabalho transdisciplinar que envolva a família na para quebrar das barreiras de preconceito.