Introdução: A Enfermagem em Saúde Mental consiste em um processo interpessoal que se esforça por promover e manter o comportamento do paciente, o qual contribui para o funcionamento integrado. O relacionamento terapêutico entre enfermeira e paciente é uma experiência de aprendizado mútuo e uma experiência emocional corretiva para o paciente. Nessa relação à enfermeira utiliza a si própria e as técnicas clínicas específicas no seu trabalho para gerar introversão e alteração comportamental no paciente. Objetivo: Esclarecer papel do enfermeiro no auxílio oferecido ao cliente com transtorno mental e promover o crescimento do cliente incentivando-o na auto-realização, auto-aceitação e senso claro de identidade pessoal através das prescrições de enfermagem. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência elaborado a partir das aulas práticas de Enfermagem em Saúde Mental II realizadas em hospital público especializado em psiquiatria no município de Teresina-PI no período de abril de 2009 com pacientes de diagnóstico confirmado de esquizofrenia paranóide. Resultados e Discussão: Através da assistência prestada, observou-se que a esquizofrenia paranóide caracteriza-se, classicamente por delírios de perseguição ou grandeza. Neste sentido foram identificadas necessidades que nortearam o embasamento dos diagnósticos de enfermagem, tais como: baixa auto-estima, ansiedade, interação social prejudicada, processos de pensamentos alterados, adaptação prejudicada. A partir destes diagnósticos foram realizadas as prescrições de enfermagem que visavam à melhoria das funções e capacidades do paciente em satisfazer sua necessidade pessoal, assim como favorecer a interação do cliente no meio social, o qual notou-se interpretações satisfatórias por estes pacientes, facilitando com isso o reconhecimento do papel do enfermeiro frente a este transtorno. Considerações finais: Através do desenvolvimento deste estudo foi possível identificar a importância do profissional de enfermagem no processo de reabilitação em saúde mental, pode ampliar a percepção acerca do impacto que as vivências no hospital psiquiátrico promovem na vida dos indivíduos portadores de transtornos mentais no sentido de ensejar a melhoria de sua qualidade de vida, reforçando a idéia de que a manutenção e ampliação destes espaços tem se configurado como algo de fundamental relevância para eficaz atenção em saúde mental.