O rompimento da estrutura normal da pele, bem como o comprometimento de sua função caracteriza a úlcera por pressão (UPP) um processo resultante, principalmente, da associação entre uma força externa como a pressão de superfícies duras contra as partes moles e uma proeminência óssea. A restrição ao leito, a incontinência urinária ou fecal, o nível alterado de consciência ou ainda uma nutrição deficiente podem colocar o indivíduo em risco para úlcera por pressão. O enfermeiro tem grande importância tanto na avaliação dos possíveis riscos que determinado paciente/cliente comatoso está exposto a desenvolver uma úlcera por pressão como também durante as intervenções, sejam elas preventivas ou curativas, faz-se necessário a atuação do mesmo constantemente. O presente trabalho objetiva descrever ações em uma unidade de terapia intensiva direcionadas aos cuidados preventivos de úlceras por pressão em pacientes comatosos. As ações foram realizadas por acadêmicas do curso de enfermagem através de uma extensão universitária em um hospital público de Teresina-Piauí no período de junho de 2009 a março de 2010. As atividades desenvolvidas proporcionaram um valioso conhecimento e aprofundamento teórico-prático ao passo que nos possibilitou compreender que a úlcera por pressão possui multicausalidade, considerando que existem fatores intrínsecos como idade, imobilidade prolongada – principal fator agravante -, alteração da sensibilidade, entre outros e fatores extrínsecos como pressão prolongada, fricção, cisalhamento e umidade. Para tanto, faz-se necessário que o enfermeiro atue na prevenção no tratamento e na reabilitação do paciente comatoso com UPP por meio de medidas que devem ser implantadas periodicamente, como: Inspecionar diariamente cada área de pressão quanto à presença de eritema; Reduzir a pressão realizando mudanças de decúbito a cada 2 horas; Inspecionar quanto à pele seca, pele úmida e perda da integridade; Minimizar fricção e cisalhamento; Utilizar lençóis ou outros dispositivos para auxiliar na mudança de decúbito; Utilizar travesseiros e protetores de espumas para proteger proeminências ósseas; Usar lubrificantes e películas protetoras; Manter cabeceira elevada a 30°. A partir dessa experiência os discentes intervieram de forma segura e efetiva além de compreender que em qualquer paciente, seja ele comatoso ou não, a avaliação periódica é imprescindível, a prevenção é o melhor tratamento e o problema de UPP é multidisciplinar.