Anais - 13º CBCENF
Resumo
Título:
USO DE MEDICAMENTOS E A CONTRIBUIÇÃO DA MEMORIA: ESTUDO DOS IDOSOS ASSISTIDOS PELA ESF VILA ANÁLIA DO MUNICÍPI
Relatoria:
CLAUDIO LUIS DE SOUZA SANTOS
Autores:
- Carolina dos Reis Alves
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Multiprofissionalidade e democracia
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
A utilização de medicamentos para o controle e/ou prevenção de seqüelas associado a prevalência aumentada de doenças crônico-degenerativas resultante do processo de envelhecimento que provoca alteração capacidade cognitiva/memória contribui para o uso incorreto dos medicamentos. Este estudo tem como objetivos Identificar o perfil medicamentoso dos idosos atendidos pela Estratégia Saúde da Família Vila Anália da cidade de Montes Claros/MG; Identificar a visão dos idosos acerca de sua memória; Verificar a capacidade cognitiva/memória através de teste de memorização. Trata-se de pesquisa epidemiológica, descritivo de caráter transversal e abordagem quantitativa realizado com 65 idosos através de inquérito domiciliar, utilizando questionário semi-estruturado; o estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da FUNORTE com parecer consubstanciado 0334/2009. A análise dos dados revelou prevalência de uso de medicamentos de 94% com uma proporção de 41% que realizam auto-medicação. Nas categorias terapêuticas houve predominância (90%) dos medicamentos pertencentes ao sistema cardiovascular, seguido por 10% hipoglicemiantes, 8% do sistema nervoso central, 3% músculo-esquelético. No aspecto da capacidade cognitiva os idosos avaliam a memória como boa (55%),seguido por regular (23%), ruim(14%) e excelente (8%).A avaliação cognitiva por meio de teste de memorização revelou que os idosos preservam a capacidade cognitiva/memória com 91% de respostas adequadas corroborando com a percepção referida pela maioria como boa. A percepção da memória na categoria boa justifica-se pelo reconhecimento das limitações impostas pelo processo de envelhecimento que resultam na compreensão do processo natural de senescência. O conhecimento do perfil medicamentoso da população idosa é imprescindível para o delineamento de estratégias de prescrição racional de fármacos, já que o uso de medicamentos é fundamental na atenção à saúde integral aliado a necessidade de constante avaliação cognitiva auxiliando na identificação precoce de alterações na saúde mental, tendo em vista que o desempenho das atividades de vida diária (controle terapêutico com uso de medicamento) e a capacidade funcional estão intimamente dependentes das funções cognitivas em especial a memória.