INTRODUÇÃO: As situações de urgência constituem condições imprevistas que necessitam de intervenção imediata. Na psiquiatria, as urgências envolvem uma forte carga emocional ao paciente, a família e a própria equipe de saúde. O desafio a ser enfrentado perante uma urgência psiquiátrica diz respeito ao comportamento hiperativo ou violento, hipoativo ou deprimido que aumenta o risco de suicídio. Quadros psicóticos agudos, como a agitação esquizofrênica e maníaca, intoxicação por sustâncias psicoativas ou álcool e dellirium, também exigem uma alta capacidade da equipe prestadora do socorro para que seja obtido êxito na assistência. O presente estudo objetivou analisar as produções científicas referentes ao processo de assistência na abordagem ao paciente psiquiátrico em situações de crise. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão bibliográfica que utilizou as normas da ABNT e foi desenvolvida com base em artigos científicos já publicados. O levantamento foi realizado através de busca eletrônica na base de dados SciELO. Foi realizada a análise de 15 artigos. RESULTADOS: Estudos demonstram que a mortalidade em pacientes psiquiátricos é maior do que na população em geral, o que aponta para a necessidade de políticas de saúde voltadas para os cuidados gerais do indivíduo com transtorno mental. Nesta perspectiva, o atendimento durante as urgências psiquiátricas deve ser realizado de maneira ampliada, proporcionando suporte psicossocial, intervindo em quadros agudos, estabilizando ou iniciando o tratamento definitivo em um paciente em crise. Devido às mudanças referentes às políticas de saúde mental que ocorreram nas últimas décadas, como a desinstitucionalização dos pacientes psiquiátricos e o desenvolvimento de serviços extra-hospitalares voltados para estes usuários, a urgência psiquiátrica reestruturou-se para se adaptar às novas demandas, ampliando suas funções. CONCLUSÃO: Os trabalhadores da saúde devem ser capacitados para enfrentar as diversas situações a que serão expostos nas urgências psiquiátricas. Para que isso aconteça, a educação em saúde deve ser realística a fim de possibilitar a incorporação de valores e atitudes de respeito à vida humana. É relevante aprender a lidar com a dimensão psicossocial dos usuários e de suas famílias, utilizando um maior direcionamento ético e operacional para abordagem de urgência aos pacientes com doença mental.