Introdução: O momento atual do trabalho de enfermagem em saúde mental caracteriza-se pela transição entre uma prática de cuidado hospitalar que visava à contenção do comportamento dos doentes mentais e a incorporação de princípios novos e desconhecidos, sendo considerado um período crítico para a profissão e favorável para o conhecimento e análise do processo de trabalho nessa área. Muitos são os dilemas enfrentados pelos profissionais de como lidar de forma ética com as questões que se seguem, iniciando desde a formação, onde os profissionais se sentem incapacitados para atuar em Enfermagem Psiquiátrica ou Saúde Mental. Objetivos: Identificar os principais dilemas éticos que o profissional de enfermagem enfrenta quando inserido no cuidado da saúde mental, como também desmistificar tabus impostos pela sociedade. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal, descritivo, sob a forma de revisão bibliográfica. Foi realizada uma pesquisa na base de dados do Scielo entre os meses de Setembro e Outubro de 2009 acerca da ética em enfermagem em saúde mental, utilizando como palavras-chave: ética em enfermagem e saúde mental em enfermagem. Além dessas referências, utilizou-se livros, leis e publicações do Ministério da Saúde. Resultados: Encontrou-se 85 artigos publicados em periódicos científicos entre os anos 2003 e 2009, dentre os quais escolheu-se aqueles que se enquadravam no objetivo da pesquisa: O TRABALHO DE ENFERMAGEM EM SAÚDE MENTAL: CONTRADIÇÕES E POTENCIALIDADES ATUAIS; PROCESSO DE TRABALHO EM SAÚDE MENTAL E O CAMPO PSICOSSOCIAL e PSICOLOGIA E BIOÉTICA: DIÁLOGOS. Conclusão: Sabendo que o principal ponto de discussão entre bioética e psicologia é o respeito ao ser humano, não se pode deixar de lado o fato de que qualquer intervenção, mesmo sendo no campo psíquico, mobilizará conteúdos com os quais o usuário pode ainda não estar disposto a entrar em contato. Sendo assim, todo o trabalho da equipe de saúde nos cuidados da saúde mental deve estar voltado para o bem-estar desse usuário. A partir dessas observações, notou-se a necessidade de capacitação e especialização de trabalhadores para o cuidado dos doentes mentais, uma vez que, os profissionais da área da saúde mental enfrentam situações que geram dúvidas sobre a atitude a ser tomada no atendimento não apenas do ponto de vista técnico, mas também no campo da ética.