INTRODUÇÃO: O corpo humano em pleno funcionamento exige nutrientes necessários e indispensáveis à saúde. Porém, quando há um desequilíbrio das funções orgânicas, deve-se restituir o apropriado funcionamento deste. Uma das formas mais utilizadas, além de fornecermos um aporte nutricional adequado, é o tratamento farmacológico. No entanto, a associação entre os fármacos e nutrientes possibilita a ocorrência de interações indesejáveis, como também benéficas, podendo um alimento ou um nutriente alterar a eficácia de um medicamento, ou interferir sobre o estado nutricional do indivíduo, levando a um prejuízo da ação do medicamento e/ou alimento, podendo causar um aumento da necessidade de utilização dos fármacos em tratamentos crônicos ou desnutrição, ocasionado aumentos no custo e no tempo de internação hospitalar. OBJETIVOS: Verificar a presença ou não destas possíveis interações entre antiinflamatórios e os nutrientes das dietas prescritas, propondo assim, a garantia da eficácia e segurança de seu uso. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo observacional, descritivo, longitudinal. A amostra foi constituída por 60 pacientes internados. Os prontuários foram analisados e os pacientes entrevistados para verificar, com base na literatura, a presença ou não de possíveis interações. RESULTADOS: As possíveis interações com o ácido acetilsalicílico (AAS) tiveram bastante freqüência, onde foram identificadas 10 (17%) possíveis interações com as vitaminas C e K. Estudos apontam que o AAS reduz a absorção e aumenta a excreção da vitamina C, uma vez que há uma redução da captação pelos tecidos, inclusive com uma redução significativa de suas reservas nas plaquetas. O AAS também produz depleção das reservas orgânicas de vitamina K e aumenta a excreção renal de tiamina e ácido fólico, como também aumenta a excreção urinária de aminoácidos. Portanto, seria recomendado que administração do AAS fosse feita uma hora antes ou duas horas após as dietas dos pacientes com alimentos ricos em ácido fólico, tiamina e vitaminas C e K, uma vez que quando feita administração próxima ou durante as refeições ocorre um aumento da excreção desses nutrientes. CONCLUSÃO: Contudo, podemos ver que é indispensável o conhecimento prévio desses tipos de interações para que possamos assim contribuir de forma satisfatória para prevenir, detectar e resolver as possíveis interações entre alimentos/nutrientes e fármacos, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida do paciente.