Objetivou-se com o estudo descrever as medidas não-farmacológicas utilizadas no manejo da dor do recém–nascido prematuro (RNPT) internado em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN), bem como sua relevância. Trata-se de uma revisão literária, com abordagem qualitativa e descritiva, realizada no período de maio a junho de 2009. Foram utilizados artigos de periódicos de Enfermagem em bancos de dados Scielo e Bireme publicados no período de 2004 a 2008, sendo realizada uma leitura exaustiva destes. Pesquisas recentes mostram que a dor é percebida no RN a partir da 24ª semana de gestação. Assim, algumas medidas passaram a ser tomadas a fim de evitar analgesia farmacológica nesses bebês, pois esta causa depressão do sistema respiratório, diminuição da atividade motora e de reações fisiológicas, entre outras. A analgesia não-farmacológica pode e deve ser usada em substituição aos analgésicos durante alguns procedimentos, como punção venosa, colocação de sonda orogástrica e troca de curativos, por exemplo. Entre as intervenções estão a sucção não-nutritiva (leite em uma chupeta de gaze), chupeta de glicose, posição canguru (contato pele a pele); toque terapêutico, como também, mudanças relacionadas ao ambiente (redução da iluminação excessiva, dos sons provindos de aparelhos eletrônicos e conversas paralelas). Tais medidas são realizadas por alguns minutos antecedentes ao período do procedimento doloroso, sendo relevante para acalmar e confortar o RN, como também, na tentativa de aliviar sua dor. Conclui-se que, com o desenvolvimento de um cuidado diferenciado, a equipe de Enfermagem é capaz de amenizar a dor do bebê no momento de procedimentos potencialmente dolorosos. Dessa forma, há a necessidade de se colocar em prática tais medidas a fim de oferecer ao RN uma elevada qualidade da assistência de Enfermagem, oferecendo condições favoráveis de, não somente, sobrevivência, mas também, de crescimento e desenvolvimento saudável.