A Reforma Psiquiátrica desenvolveu no Brasil com propósito de proteger e assegurar os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e redirecionar o modelo assistencial em saúde mental,reconstruindo novos paradigmas teórico-práticos.A premissa básica desse movimento é a desinstitucionalização,que tem possibilitado reflexões de variadas ordens, suscitando questões acerca do método terapêutico excludente e suas práticas.Para atender essas expectativas houveram mudanças nas políticas públicas de saúde mental brasileira,com o projeto de substituição do Hospital Psiquiátrico pelos Centro de Atenção Psicossocial (CAPs),Hospitais Dia (HD),atendimento em saúde mental nas Unidades Básicas de Saúde (USB) e pela criação de Unidades Psiquiátricas nos Hospitais Gerais (UPHG).Diferentes correntes discutem quanto à viabilização das UPHG,tornando essa questão complexa.Objetivamos descrever as vantagens e desvantagens da criação das UPHG. Estudo do tipo bibliográfico-descritivo,realizado em junho de 2009,por meio de banco de dados Scielo e LILACS, considerando artigos publicados em português no período de 2005 a 2009 e que abordassem o tema.De acordo com os resultados,as vantagens de implantar a UPHG,incluem a promoção da interconsulta e da emergência psiquiátrica,redução do estigma,maior proximidade e melhor acesso,aumento do controle social das práticas,melhor atenção à saúde física e intercâmbio interdisciplinar.Dentre as desvantagens,cita-se,a inadequação e limitação do espaço físico, centralização no modelo biomédico,internações breves com risco de reincidência,falta de capacitação dos profissionais,comportamento recluso dos outros pacientes e suas famílias. Concluímos que muito ainda precisa-se conquistar para se mudar os conceitos e as práticas cristalizados da sociedade acerca dos transtornos mentais.A criação das UPHG,com os devidos recursos físicos e humanos,garantirá aos pacientes e suas famílias uma política interdisciplinar humanizada de qualidade.