A política de atenção à saúde mental no mundo passou por diversas transformações ao longo do tempo.Atualmente as políticas públicas de atenção aos portadores de transtornos mentais vêm sendo criteriosamente desfocada da assistência centrada no modelo hospitalecêntrico, para um modelo assistencial terapêutico extra-hospitalar priorizando o sujeito em detrimento da doença.A partir desse pressuposto,as entidades responsáveis associadas aos governos e a sociedade, vêm substituindo gradativamente os hospitais psiquiátricos pelos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS),Hospitais Dia (HD),pelas Unidades Psiquiátricas nos Hospitais Gerais (UPHG),Residências Terapêuticas e pelo atendimento em saúde mental nas Unidades Básicas de Saúde (USB).Os CAPS são centros abertos comunitários que prestam serviço multiinterdisciplinar especializado em saúde mental para a população daquela determinada região.Objetivamos descrever as principais dificuldades vivenciadas pelos CAPS na prática.Trata-se de um estudo do tipo bibliográfico-descritivo,realizado em junho de 2009,por meio de banco de dados Scielo e LILACS,considerando trabalhos publicados em português no período de 2005 a 2009 e que abordassem o tema.De acordo com os resultados, dentre as principais dificuldades vivenciadas pelo CAPS citou-se,a falta de integração e planejamento da equipe,falta de apoio do órgão gestor,problemas na infra-estrutura, deficiente interação e entendimento com as outras unidades de saúde e os demais setores sociais e o preconceito da população em relação aos usuários.Concluímos que muitos são os entraves que perpassa a prática dos CAPS,porém dentre as dificuldades vivenciadas, existem muitas metas alcançadas e brilhantes trabalhos realizados.Faz-se necessário uma maior organização,capacitação e interação da equipe,assim como,uma sensibilização dos demais setores sociais e dos órgãos gestores,para que a partir daí,ocorra à efetivação da intersetorialização garantido uma assistência humanizada de qualidade.