A Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) se caracteriza em um ambiente hostil e assustador ao pequeno recém-nascido (RN), principalmente, se este for prematuro. Na UTIN, o RN é manuseado inúmeras vezes ao dia por procedimentos rotineiros e potencialmente dolorosos. Dessa forma, o presente estudo tem como objetivo descrever o sofrimento do RN prematuro internado em UTIN. A presente pesquisa de caráter bibliográfico e descritivo teve como trajetória metodológica a leitura exploratória e seletiva de livros e revistas científicas nacionais, como também, banco de dados SCIELO e BIREME, realizada no período de maio a junho de 2009. O nascimento prematuro constitui uma agressão ao feto, uma vez que, em sua última etapa intra-uterina, ele apresenta órgãos em fase de desenvolvimento, com imaturidade morfológica e funcional. Dessa forma, em busca da sobrevivência desse ser, o mesmo tem que ser separado de sua mãe e então encaminhado à UTIN onde são realizados cuidados intensivos por toda uma equipe multiprofissional, ocasionando-lhe, muitas vezes, dor e sofrimento. Concluímos, então, que a permanência do RN em UTIN é bastante difícil, principalmente pelo difícil estabelecimento do vínculo mãe filho. O bebê, por sua vez, é manuseado várias vezes ao dia durante o processo cuidativo realizado pela equipe multiprofissional em busca de sua sobrevivência, podendo causar-lhe, entretanto, extrema dor e sofrimento. Diante disso, urge a necessidade de mudança da conduta por parte dos profissionais, principalmente, da equipe de Enfermagem, em busca de oferecer ao RN uma permanência em UTIN com menos sofrimento e dor.