O uso dos computadores como ferramenta de apoio na saúde tem se mostrado bastante versátil. Recentemente, o Ministério da Saúde implantou o Programa Telessaúde Brasil, voltado para capacitação permanente de equipes de saúde da família (ESF) por meio da telessaúde. Em Pernambuco, o Programa é coordenado pelo NUTES/UFPE, e beneficia cerca de 259 ESFs em 79 municípios. Dentre os serviços de telessaúde oferecidos, destaca-se a Segunda Opinião a Distância, que permite a discussão ou orientação de casos clínicos entre as ESF e os teleconsultores do HC/UFPE e outras instituições parceiras, com a proposta de otimizar os processos de diagnóstico e de terapêutica, além de proporcionar o aprimoramento científico constante. O objetivo deste trabalho é mostrar a importância da atuação do enfermeiro no serviço de segunda opinião. Para isso, foi feito um estudo do tipo descritivo-exploratório. Do total de 670 solicitações das ESF ao serviço de segunda opinião no período de Janeiro a Junho de 2009, 253 foram feitas por profissionais de enfermagem, ou seja, 40%, o que representa o maior percentual. Destas, 200 foram dúvidas clínicas por webconferência, 48 discussões de casos via formulário e 5 teleconsultas. Todas estas solicitações foram respondidas por teleconsultores enfermeiros. Esses dados demonstram que os profissionais de enfermagem têm utilizado efetivamente o serviço, seja como solicitante, seja como teleconsultor. Percebe-se, assim, a importância do enfermeiro na atenção primária, identificando problemas de saúde da comunidade e propondo soluções, o que qualifica a assistência prestada pela ESF e melhora sua integração com os especialistas.