Anais - 12º CBCENF
Resumo
Título:
A HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA COMO COMPLICAÇÃO DA INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA HEMODIALÍTICA
Relatoria:
Nájla Moreira Amaral Borges
Autores:
- Maria do Carmo Cardia Julião
- Ieda Maria Gonçalves Pacce Bispo
- Oleci Pereira Frota
- Mário Augusto da Silva Freitas
Modalidade:
Pôster
Área:
Integralidade do cuidado
Tipo:
Monografia
Resumo:
A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é uma das complicações crônicas mais freqüentes que se desenvolve em pacientes com Insuficiência Renal Crônica (IRC) que são submetidos ao tratamento de hemodiálise (HD). Esta doença é um dos principais determinantes para o desenvolvimento de complicações cardiovasculares e, indiretamente, considerada a principal causa de morte dos pacientes com IRC hemodialítica. Este estudo teve como objetivo a identificação das principais alterações crônicas relacionadas à HAS que acometem este grupo de pacientes. Trata-se de um levantamento bibliográfico retrospectivo, a partir de artigos publicados nos últimos 05 anos nas bases de dados BIREME, MEDLINE e LILACS, cujo foco central dos temas era as complicações cardiovasculares relacionadas à HAS e à HD. As complicações mais referidas nos trabalhos revisados foram: hipertrofia ventricular esquerda, aterosclerose, insuficiência cardíaca congestiva e arritmias cardíacas. Essas complicações estão, na maioria das vezes, relacionadas ao controle inadequado da pressão arterial (PA) e do balanço hidroeletrolítico. O ganho ponderal acima de 2.500 g entre as sessões de hemodiálise, o consumo excessivo de água e a ingestão de alimentos ricos em sódio e lípides foram os principais fatores desencadeantes da inadequação da PA. A sobrecarga hídrica e a hipernatremia crônicas levam à manutenção da HAS. A sobrecarga pressórica no sistema cardiovascular leva, progressivamente, ao comprometimento da função miocárdica e à ocorrência de aterosclerose em diversos órgãos-alvo, como coração, rins e artérias periféricas. Constatou-se por este estudo a importância da adesão do paciente com IRC às medidas preventivas da HAS, como o consumo restrito de água e sódio bem como o adequado controle medicamentoso da PA. A participação do Enfermeiro é fundamental neste processo como um facilitador da adesão deste grupo de pacientes à terapia e às medidas preventivas por meio de orientações adequadas sobre o tema.