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Anais - 12º CBCENF

Resumo

Título:
ATUAÇÃO DO PROFISSIONAL PORTADOR DE SOFRIMENTO PSÍQUICO NA SAÚDE MENTAL
Relatoria:
Gabriela de Cássia Camargo Rolim de Britto
Autores:
  • Amanda Nathale Soares
  • Belisa Vieira da Silveira
  • Cínthia Verdolin Lopes
  • Amanda Márcia dos Santos Reinaldo
Modalidade:
Pôster
Área:
Ética e bioética: respeito às diferenças
Tipo:
Relato de experiência
Resumo:
Após a reforma psiquiátrica foram implantadas novas estratégias de tratamento incluindo a desinstitucionalização e a prática de oficinas terapêuticas, abrindo portas para a atuação de diversos profissionais na área de saúde mental. É neste contexto que profissionais de saúde e estudantes, enquanto portadores de sofrimento psíquico, trazem este exemplo real de reabilitação psicossocial, conhecido atualmente como processo que facilita ao usuário, com limitações, uma melhor reestruturação de autonomia de suas funções na comunidade. O objetivo do presente estudo é descrever como este profissional da saúde e portador de transtorno mental exerce seu trabalho e quais os benefícios alcançados com tal prática. A metodologia utilizada é a de relato de experiência. Em observações gerais, nota-se que os profissionais são detentores de um conhecimento adquirido no seu cotidiano e estão entrelaçados entre experiências no trabalho e vivência pessoal; elaboram estratégias baseadas em si mesmos, priorizando o pensar e o sentir, sem criar imagens e representações a respeito da saúde mental, afinal já as possuem inseridas no dia a dia. Ajudam de certa forma a pessoa com sofrimento a resgatar o elo perdido com a vida ao utilizar-se como modelo de luta e perseverança. Além disso, obtém motivação, satisfação e aprendem com os próprios usuários novas maneiras de lidar com suas limitações. Conclui-se então que a presença do portador de transtorno psíquico como monitor de oficinas terapêuticas, entre outras funções na área de saúde mental pós reforma, auxilia tanto o usuário quanto o profissional, motivando a criação de vínculos com o tratamento, permitindo a tomada de consciência de que diferenças existem e que estas não são determinantes de incapacitância, e sim de respeito ao próximo.