As oficinas terapêuticas surgiram como resultado da Reforma Psiquiátrica e representam a formulação de novas posturas de assistência aos portadores de transtorno mental. O modelo asilar típico dos hospitais psiquiátricos foi substituído por essa nova metodologia de tratamento, sendo que esta obteve grande adesão em sistemas extra-hospitalares, representados principalmente pelos Centros de Atenção Psicossocial e Centros de Convivência. Trata-se de um relato de experiência, cujo objetivo é relatar a vivência constituída a partir da realização do projeto de extensão denominado “Oficinas Terapêuticas para Hábitos de Vida Saudáveis no Centro de Convivência Arthur Bispo do Rosário”. Nota-se que as atividades das oficinas do referido projeto são vistas como um meio de enriquecimento dos indivíduos, de valorização da expressividade, de descoberta e potencialização das capacidades próprias, uma vez que elas representam como resultado a possibilidade dos usuários estabelecerem vínculos de convivência uns com os outros e laços de cuidado consigo mesmos, além de permiti-los obterem conhecimento e informação acerca dos diversos assuntos os quais são abordados nas oficinas. Nesse espaço de criação, os pacientes, escutados como sujeito, podem dar vazão às próprias subjetividades e até estabelecer seus próprios limites e regras, não havendo, portanto, padrão a ser seguido em uma oficina.1 Conclui-se, então, que o Projeto desenvolvido no Centro de Convivência Arthur Bispo do Rosário, em concordância com os ideais de ressocialização desses indivíduos, segue a linha de promoção pessoal dos usuários. As atividades nelas desenvolvidas buscam essencialmente orientar os usuários da importância do cuidado de si e da promoção da qualidade de vida e saúde que os mesmos devem procurar estabelecer em suas vidas. Referências Bibliográficas 1 Mendonça TCP. As oficinas na saúde mental: relato de uma experiência na internação. Psicol. cienc. prof. 25(4); 2005.