INTRODUÇÃO: A eutanásia tem sido debatida na sociedade em relação a sua complexidade, que é revelada pela multiplicidade de perspectivas envolvidas no debate, como a bioética. OBJETIVO: Apresentar uma reflexão acerca do tema da eutanásia, enfatizando os aspectos bioéticos na relação do profissional de saúde com o paciente. METODOLOGIA: Análise crítica através da revisão de literatura acerca do tema em questão. DISCUSSÃO: Os avanços tecnológicos na manutenção da vida e prolongamento da sobrevida centralizam o debate sobre eutanásia, a qual carrega no conceito o problema da distinção sobre o que é ou não lícito. A bioética, no que se refere à moralidade dos atos humanos, depara-se com um leque de problemas relativos ao processo vida-morte, em particular sobre a eutanásia. Entende-se a eutanásia como o emprego ou abstenção de procedimentos que permitem apressar ou provocar o óbito do doente incurável, a fim de livrá-lo de extremos sofrimentos. Assim ela seria justificada como uma forma de evitar esse sofrimento acarretado por longo período de doença. Diante do exposto surge o dilema do profissional de saúde que se depara com o paciente desejoso da eutanásia, mas sem desconsiderar seus princípios éticos, bioéticos e pessoais. No Direito Brasileiro, a eutanásia é vista como homicídio, sendo ilícita, mesmo que a pedido do paciente. A eutanásia é realidade cada vez mais presente na sociedade e, portanto, na vida do profissional de saúde. A discussão leva à reflexão sobre a atuação do cuidado dos pacientes sem mais alternativas terapêuticas, a necessidade da humanização no atendimento e sobre o papel consciente do próprio paciente, cujos direitos e autonomia devem ser respeitados. CONCLUSÃO: É possível vislumbrar a eutanásia como possibilidade de alívio, sendo a discussão sobre o tema importante para propiciar a reflexão sobre as estratégias vigentes de lidar com os conflitos gerados tanto no paciente quanto no profissional de saúde.