Introdução: O lúpus eritematoso sistêmico (LES) é uma doença inflamatória crônica, sistêmica, de causa desconhecida e de natureza auto-imune. Seu desenvolvimento pode estar associado a fatores ligados ao sexo (mais freqüente em mulheres em idade fértil), genéticos e ambientais (exposição a radiação ultravioleta, drogas e produtos químicos, anormalidades imunológicas e infecção). Na gravidez há possibilidades de exacerbações da doença e repercussões fetais como: mortalidade, prematuridade, sofrimento fetal, retardo do crescimento fetal e pré-eclâmpsia caracterizando assim a gravidez como de alto risco. Objetivo: Identificar os principais aspectos do LES na gravidez a fim de obter maior conhecimento para fornecer subsídios na elaboração do plano assistencial de enfermagem. Metodologia: Foi desenvolvida uma revisão bibliográfica com objetivo de identificar os princípios do cuidado integral de enfermagem às gestantes portadoras de LES. Análise de resultados: A assistência de enfermagem deve levar em consideração as manifestações clínicas mais comuns relacionados à doença e que na gravidez, pelas mudanças hormonais, são agravadas. São elas: gerais (fadiga), articulares (dores, deformidades), mucocutâneas (eritema, alopecia), cardiovasculares (pericardite, miocardite, episódios tromboembólicos), pulmonares (pleurite, derrame pleural), renais (proteinúria, nefrite, insuficiência renal aguda), neuropsiquiátricas (depressão, psicose, déficits funcionais, neuropatias, convulsões). Esses problemas podem levar ao sofrimento com distúrbio da imagem corporal, falta de conhecimento para seu autocuidado e apreensão em relação ao prognóstico da gestação. Conclusão: É importante que o enfermeiro elabore uma assistência à gestante com LES abordando os aspectos preventivos, terapêuticos e de reabilitação evitando a morbimortalidade materno-infantil.