Anais - 12º CBCENF
Resumo
Título:
O USO DE MÉTODOS CONTRACEPTIVOS E A RELAÇÃO COM A VULNERABILIDADE AO CÂNCER DE COLO UTERINO
Relatoria:
Kellen Cervo Zamberlan
Autores:
- Lúcia Beatriz Ressel
- Carolina Frescura Junges
- Andressa Peripolli Rodrigues
- Carla Mario Brites
Modalidade:
Pôster
Área:
Políticas Públicas de Saúde
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
O câncer do colo do útero corresponde a aproximadamente 15% de todos os tipos de cânceres femininos, sendo que em alguns países em desenvolvimento, como o Brasil, é o tipo mais comum de câncer feminino, enquanto que em países desenvolvidos chega a ocupar a sexta posição. Tendo em vista a magnitude da problemática apresentamos um recorte, relacionado ao uso de métodos contraceptivos, da pesquisa intitulada: a percepção das mulheres em relação ao exame preventivo do câncer de colo uterino, desenvolvida pelo curso de Enfermagem da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). O objetivo do presente trabalho é reconhecer a interrelação entre o uso de métodos contraceptivos e a vulnerabilidade ao câncer do colo uterino. Trata-se de uma pesquisa descritiva e exploratória, de abordagem qualitativa, com mulheres que realizaram o exame citopatológico na referida unidade nos meses de abril e maio de 2009. A coleta de dados deu-se por meio de entrevista semi-estruturada após aprovação do Comitê de Ética da UFSM. Após a análise dos dados relacionados ao uso de métodos contraceptivos, foi observado que 27% das entrevistadas não utilizam nenhum método; 20% utilizam camisinha; 53% utilizam anticoncepcional oral e apenas 7% utiliza dois métodos contraceptivos (anticoncepcional oral e camisinha). A principal estratégia para a prevenção primária do câncer do colo uterino é o uso de preservativo durante as relações sexuais, tendo em vista que a infecção pelo Papiloma Vírus Humano está presente em 90% dos casos da referida patologia. A prevenção secundária é realizada por meio do exame preventivo para a detecção precoce da doença. Os resultados refletem a necessidade de suplantar uma abordagem meramente biológica na assistência à mulher e desvelar os fatores que interferem na sua proteção e no seu auto-cuidado. Assim, as atividades de educação em saúde relacionadas à reprodução e a sexualidade devem estar alicerçadas em uma visão que considere também os aspectos socioculturais.