O trabalho atua diretamente como organizador da vida social e modulador das relações humanas. Com o desenvolvimento científico, tecnológico e as transformações sociais, este, tem influenciado diretamente no processo saúde-doença, provocando grandes variações nos costumes dos indivíduos e no estabelecimento de suas prioridades pessoais e organizacionais. Dessa forma, desenvolvemos este estudo com o objetivo de avaliar as condições de trabalho, saúde e o sofrimento psíquico apresentados pela equipe de enfermagem de nível médio, que atua no setor de internamento do Centro de Oncologia do Hospital de Urgência de Sergipe (HUSE). A amostra foi composta por 30 profissionais, sendo 90,0% (27) do sexo feminino e o método utilizado foi o estudo descritivo e de observação. Verificamos que 100% (30) dos pesquisados estão insatisfeitos com as suas condições de trabalho, 86,7% (26) apresentam sintomatologia de sofrimento psíquico. 40,0% (12) afirmaram possuir alguma patologia adquirida no trabalho, entretanto, não encontramos uma grande freqüência de profissionais com alto grau de exaustão emocional 3,3% (1) e de despersonalização 16,7% (5) fatores que caracterizam a síndrome de burn-out. No que diz respeito ao Serviço Especializado em Engenharia Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT) 30,0% (15) dos investigados afirmaram ter fácil acesso ao mesmo e 93,3% (28) confirmaram que a Instituição oferece exames periódicos. Após avaliarmos estes dados concluímos que as condições de trabalho e o próprio tipo de assistência exigida na enfermagem têm favorecido o desenvolvimento de doenças ocupacionais e transtornos psíquicos.