Introdução: O Art. 20 dos Direitos da Criança Hospitalizada preconiza que “Toda criança tem o direito a ter uma morte digna, junto a seus familiares, quando esgotados todos os recursos terapêuticos disponíveis”. Com isso, a inserção do cuidado paliativo em UTI Neopediátrica é de fundamental importância, visando aumentar a qualidade de vida frente a uma condição ultimamente terminal. Objetivo: Ampliar a discussão sobre os cuidados paliativos no contexto da UTI Neopediátrica, oferecendo aos pacientes uma morte digna e mais humana, bem como suporte aos familiares. Metodologia: O estudo consistiu de uma revisão de literatura, onde foi avaliado a implementação da terapia paliativa na UTI Neopediátrica, com base em artigos científicos encontrados nos bancos de dados Scielo e Bireme. Resultado: Com o progresso da medicina, a adoção de terapias de suporte a vida, tem dificultado cada vez mais a definição dos limites terapêuticos nos cuidados intensivos, contrapondo os princípios éticos da beneficência e da não-maleficência. Atitudes de limitação terapêutica na UTI passaram a ocorrer de acordo com conceitos éticos e morais defensáveis, mas não raras vezes acompanhadas de grandes conflitos bioéticos, entre os integrantes das equipes assistenciais. Quando se torna evidente que a cura ou uma qualidade de vida aceitável, na visão da família e da equipe médica, não é mais possível, o foco do cuidado deve mudar. O objetivo não é prolongar a vida, mas assegurar uma morte digna e livre de dor e desconforto, fazendo valer o princípio ético da não-maleficiência. Consideração Final: O programa de Cuidados Paliativos deve oferecer subsídios para a abordagem dos pacientes fora de possibilidades terapêuticas, bem como, estender àqueles que acompanham o processo de morrer, aliviando sintomas como dor, dispnéia, e condições como a solidão, que pode causar angústia diminuindo o prazer de viver.