A esquizofrenia paranóide é caracterizada pela presença de idéias delirantes de perseguição e de alucinações auditivas. Costuma aparecer, em média, aos 35 anos de idade. É uma doença que não tem cura, mas que pode ser controlada através de uma visão holística no cliente. O objetivo deste estudo foi operacionalizar a integralidade do cuidado a uma portadora de transtornos mentais. Trata-se de um estudo descritivo e documental, feito por meio do prontuário de uma cliente portadora de esquizofrenia paranóide usuária do Centro de Atenção Psicossocial do interior sul mato-grossense. Foram desenvolvidas as etapas do processo de enfermagem. Os resultados mostram uma paciente do sexo feminino, 49 anos, negra, solteira, portadora de esquizofrenia paranóide. Após a análise de dados, foram elaborados alguns diagnósticos de enfermagem, metas e intervenções, respectivamente: a) percepção sensorial perturbada relacionada às alucinações auditivas, visuais, entre outras; demonstra perceber corretamente o ambiente ou a realidade; encorajar o cliente a manter-se na realidade, aproveitando cada contato com ele; b) déficit de autocuidado relacionado à dificuldade em executar as atividades da vida diária; demonstra independência, adequação e certa autonomia no autocuidado; expressar solicitações para os cuidados das atividades do dia-a-dia. Integralidade do cuidado abrange promoção, prevenção, diagnóstico/tratamento e reabilitação. Concluiu-se que, por se tratar de uma doença crônica que depende de cuidados, estudos como este, podem subsidiar uma assistência de qualidade, incluindo sempre a família no tratamento e no plano de cuidados, visando uma melhora na qualidade de vida do cliente e de seus familiares.