Introdução: Úlcera do pé diabético (UPD) é uma das complicações mais comuns e graves do diabetes mellitus e são causadas por múltiplos fatores, como neuropatia, isquemia, infecção, entre outros. Devido aos complexos processos fisiopatológicos envolvidos, a UPD é difícil de tratar efetivamente com terapias tradicionais. Diante disso, o uso de tratamentos adjuvantes, como a terapia com ozônio, tem sido amplamente utilizado com o objetivo de melhorar o processo de cicatrização dessas lesões. Objetivo: Identificar na literatura científica os efeitos da ozonioterapia no tratamento de úlceras nos pés de pessoas com diabetes mellitus. Metodologia: Trata-se de uma revisão de literatura de artigos científicos originais, publicados em português, inglês e espanhol, nas bases de dados: BDENF, LILACS via Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e MEDLINE via Pubmed, nos últimos cinco anos. Foram utilizados os descritores (DeCS/MeSH): Ozônio; Tratamento; Úlcera e Pé Diabético, conectados pelo operador booleano “AND”. Após a busca inicial, foram encontrados 12 artigos, dos quais 8 atenderam aos critérios de inclusão e foram utilizados na pesquisa. Resultados: Os estudos revisados mostraram que a ozonioterapia tem um impacto significativo na cicatrização de úlceras do pé diabético, melhorando os índices de peroxidação lipídica e proteção antioxidante. A terapia reduz o tempo de internação hospitalar e acelera a conclusão do tratamento, favorecendo a agregação de plaquetas e a liberação de fatores de crescimento específicos que aceleram a cicatrização. No entanto, a ozonioterapia apresenta desvantagens, como efeitos tóxicos no trato respiratório e outros efeitos colaterais, incluindo tosse, náusea, vômito e dor de cabeça, especialmente se o ozônio entrar em contato com a boca, nariz ou olhos. Alguns pacientes podem experimentar uma reação de Herxheimer, com sintomas semelhantes aos da gripe e outros efeitos colaterais de curto prazo. conclusão: A ozonioterapia é uma abordagem promissora para tratar úlceras no pé diabético, seja como tratamento primário ou complemento à antibioticoterapia. É essencial que os profissionais de saúde estejam informados sobre essa terapia para oferecer tratamentos mais eficazes. No entanto, devido à limitação de estudos em humanos e às controvérsias existentes, é crucial intensificar a pesquisa científica para formular recomendações mais abrangentes e robustas.