
Anais - 26º CBCENF
Resumo
Título:
INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM PARA CRIANÇA COM SUSPEITA DE TRANSTORNO DE ESPECTRO AUTISTA: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Relatoria:
Lyandra Larissa Batista da Silva
Autores:
- Ingride Leal dos Santos
- Clemer José de Barros
- Estela Edileuza de Jesus
- Maria Karolayne de Araújo Pereira
- Luisa Helena de Oliveira Lima
Modalidade:
Pôster
Área:
Eixo 1: Assistência, gestão, ensino e pesquisa em Enfermagem
Tipo:
Relato de experiência
Resumo:
INTRODUÇÃO: O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição neurodesenvolvimental infantil caracterizada por déficits na comunicação, interação social e comportamentos estereotipados, classificada em três níveis de gravidade. A intervenção precoce pode mitigar sintomas devido à plasticidade cerebral. A incidência global do TEA aumentou nas últimas décadas, devido a melhores diagnósticos e maior conscientização. Consultas de puericultura são cruciais para a identificação precoce, impactando a dinâmica familiar. OBJETIVO: Descrever um plano terapêutico para criança com suspeita de TEA, com base no processo de enfermagem. METODOLOGIA: Relato de experiência de um estudo de caso, da disciplina de Saúde da Criança e do Adolescente do curso de Enfermagem na Universidade Federal do Piauí, visa promover o conhecimento prático através da análise de um caso clínico. A coleta de dados ocorreu em maio de 2024 na emergência pediátrica de um hospital regional de referência. Houve mais duas interações com a criança e a mãe: uma videochamada em 29 de maio de 2024 e uma visita domiciliar em 28 de junho de 2024. RESULTADOS: A partir da avaliação do histórico de enfermagem, foram identificadas características compatíveis com o TEA. A paciente apresentou comprometimento na comunicação verbal e interação social, além de seletividade alimentar. Após etapas do processo de enfermagem, a criança foi encaminhada para acompanhamento multiprofissional. As intervenções terapêuticas focaram-se na facilitação da aprendizagem, no desenvolvimento de habilidades de comunicação e interação social, e no fortalecimento da rede de apoio familiar. Durante as avaliações, observou-se que o estresse do ambiente hospitalar e a resistência inerente ao TEA dificultavam a interação com a criança. As estratégias de intervenção foram direcionadas para promover o desenvolvimento de habilidades sociais adequadas e redução do atraso da linguagem verbal para a idade da paciente. Através de terapias e atividades lúdicas, como o brinquedo terapêutico, buscou-se estimular a comunicação e a interação social. Após 45 dias, a paciente demonstrou progressos, com leve melhora na aceitação alimentar e início de interações sociais mais espontâneas. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A aplicação do processo de enfermagem aliada ao acompanhamento integral, desde o diagnóstico até a recuperação, desenvolve habilidades essenciais como uma visão holística do indivíduo e colaboração com a equipe multiprofissional.