Introdução: Estomias intestinais consistem na exteriorização do íleo ou cólon para o meio externo, através da parede abdominal, com a finalidade de eliminar os efluentes fecais. O prolapso constitui umas das complicações pós-operatórias tardias, que se destaca por estar relacionado à técnica cirúrgica utilizada, como também, à ausência da demarcação do estoma no pré-operatório, sendo esta uma das competências do enfermeiro estomaterapeuta ou habilitado no manejo de estomias. Objetivo: Discutir o desenvolvimento de um algoritmo de prevenção de prolapso em estomias intestinais quanto à sua estrutura, conteúdo e interface com a Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência. Método: Trata-se de um estudo metodológico de abordagem qualitativa que desenvolveu um algoritmo fundamentado no referencial de Pasquali. O conteúdo do algoritmo foi distribuído nas fases do período perioperatório, que culminou em quatro versões do algoritmo e, posteriormente, uma versão final, que inclui um infográfico do algoritmo, após Sessão de Validação de Produtos Educacionais. Resultados: A primeira versão exibiu a Assistência em Estomaterapia organizada em três etapas (pré, trans e pós-operatório). A segunda versão incluiu siglas e tópicos relevantes como Hartmann, cinto protetor, ostomy management reinforcement education. A terceira versão incorporou ajustes e acréscimos no conteúdo, mudança no layout e iconografia. A quarta versão aprimorou o layout e iconografia do algoritmo com o auxílio do programa Keynote.app por designer gráfico. A quinta versão acrescentou um infográfico, apresentando equipamentos, dispositivos e adjuvantes utilizados em cada fase operatória. Discussão: O algoritmo destaca a necessidade de um protocolo de cuidado em rede com a presença do estomaterapeuta em todos os níveis de atenção, desde a adaptação à estomia até a reabilitação. Reforça a importância de equipes multidisciplinares e a ampliação da Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência, incluindo o acesso a banheiros adaptados e programas de gerenciamento contínuos. Ressalta o papel crucial da educação e acompanhamento pós-operatório, e a necessidade urgente de políticas públicas e capacitação de profissionais para garantir um atendimento de qualidade. Considerações finais: O algoritmo apresentou uma linguagem acessível e um design arrojado, alinhado às necessidades e demandas da pessoa estomizada no período perioperatório, com ênfase na educação pré-operatória e no protocolo de cuidado em rede.