Introdução: A prona é uma das principais recomendações no tratamento de pacientes com Síndrome da Angústia Respiratória (SARA). O ensaio “Prone positioning in severe acute respiratory distress syndrome” (PROSEVA), demonstrou um claro efeito protetor da ventilação em pacientes com SARA moderada a grave. Essa síndrome é um tipo de edema pulmonar, que resulta de lesão inflamatória grave. Objetivo: Objetivou-se relatar a execução de uma pronação em uma Unidade de Terapia Intensiva em período pós-pandêmico. Método: Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência, sobre a realização de posicionamento prona em paciente com SARA, em junho de 2024, pela equipe multiprofissional de um hospital previamente referência em COVID-19. Resultados e discussões: A realização do procedimento baseou-se em evidências científicas e protocolos institucionais, que contribuíram para a recomendação da prona, bem como da avaliação hemodinâmica e ventilatória. A intervenção procedeu-se com a participação da equipe de enfermagem, fisioterapeuta, médico e residentes multiprofissionais, dos quais, de antemão, todos apresentavam conhecimentos teóricos acerca do processo e grande parte da equipe possuía perícia para desenvolvê-lo, tendo em vista, a execução recorrente no período pandêmico, contribuindo para o êxito no posicionamento. O protocolo institucional apresenta instruções de prevenção de lesões neuromusculares, como posicionamento dos membros e uso de coxins; cuidados com equipamentos, como tubos, sondas e cateteres; cuidados tegumentares, entre eles a mudança de posicionamento e oclusão da córnea; e cuidados neurológicos como avaliação da sedação e uso de bloqueadores neuromusculares. Outro aspecto importante foi a utilização de um check-list institucional que indicava o horário e profissional que deveria realizar a mudança de posicionamento, confirmando-a com o carimbo profissional. Considerações finais: Conclui-se portanto, que a aplicação de instrumentos de padronização institucionais são importantes para ferramentas empregadas na assistência clínica, possibilitando a realização de um prática baseada em evidências, com a finalidade de promover também a segurança do paciente. Igualmente, cita-se a importância da educação permanente na efetuação de treinamentos e capacitações especialmente na prática mencionada, tendo em vista os riscos associados a sua operação e a notória influência da experiência teórico-prática.