Introdução: A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) é um setor destinado ao atendimento de pacientes graves e recuperáveis, para isso, é imprescindível que o enfermeiro seja altamente capacitado para exercer a sua função, demonstrando respeito pelo paciente, incluindo seus valores, orientação, princípios éticos, morais e sua autonomia. Para garantir a eficácia dos cuidados na UTI, o enfermeiro precisa ter pleno conhecimento do perfil e das características dos pacientes que utilizam esses setores. Isso permitirá orientar o planejamento e a estruturação do serviço, fornecendo informações valiosas para a tomada de decisões e a execução de ações que visem melhorar a qualidade da assistência prestada ao paciente. Objetivo: Identificar o perfil de pacientes em uma unidade de terapia intensiva adulto de um município Alagoano. Método: Estudo transversal, documental, retrospectivo e de abordagem quantitativa. Foram analisados 306 prontuários de pacientes internados na UTI de um Hospital Terciário localizado no município de Arapiraca no estado de Alagoas, no período de janeiro de 2018 a janeiro de 2023. Foi utilizado um instrumento construído pelos pesquisadores, para coleta dos dados, composto de três seções: dados para cadastro no projeto, dados sociodemográficos do paciente e os dados clínicos epidemiológicos. A análise de dados foi realizada pelo software JAMOVI. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da Universidade Federal de Alagoas, número CAEE 69675223.1.0000.5013. Resultados/discussão: Prevaleceram pacientes do sexo feminino, faixa etária entre 70 a 79 anos, admitidos no Pronto Socorro do hospital. Internados por rebaixamento do nível de consciência (39%), dispneia (20%), acidente vascular encefálico (4%) e infarto agudo do miocárdio (3%). Os diagnósticos clínicos foram relacionados às doenças cardiovasculares (27%), respiratórias (24%) e do sistema nervoso (22%). A maioria dos pacientes não apresentava lesão por pressão. Os principais cuidados de enfermagem foram cuidados com lesão por pressão, prevenção dessas feridas e cuidados com dispositivos invasivos. A maioria dos pacientes foi a óbito devido a sepse (19%) e insuficiência respiratória (16%). Considerações finais: Os resultados destacam a necessidade de estratégias de prevenção e tratamento dessas condições críticas, além de reforçar a importância de uma abordagem multidisciplinar e contínua na gestão dos pacientes, garantindo um cuidado integral e coordenado.