Introdução: As lesões por pressão ocorrem devido a compressão não aliviada de tecidos moles entre proeminências ósseas e superfícies duras, são afetadas por fatores intrínsecos e extrínsecos, ocasionando, sobretudo, a diminuição da circulação sanguínea tecidual, que pode acarretar sérias complicações clínicas, especialmente em pacientes críticos. A identificação precoce dos fatores de risco é crucial para a implementação de estratégias de prevenção. Objetivos: identificar os fatores de riscos para o desenvolvimento de lesões por pressão em pacientes críticos. Método: Trata-se de uma revisão integrativa, realizada no mês de julho de 2024, com questão norteadora estruturada pelo acrônimo PICo: quais os fatores de risco que influenciam no desenvolvimento de lesão por pressão em pacientes críticos? A busca foi realizada nas bases de dados MEDLINE, LILACS e BDENF, via Biblioteca Virtual em Saúde, com os descritores em ciências da saúde “Úlcera por pressão" “Fatores de risco”, “Cuidados críticos”, interligados pelo operador booleano AND. Obteve-se 196 publicações, selecionadas mediante critérios de inclusão: texto completo, idioma em português, inglês ou espanhol, sem recorte temporal. Excluiu-se os artigos sem relação com a temática, editoriais e trabalhos de conclusão de curso, uma vez que não houve avaliação por pares. O processo de seleção dos estudos seguiu o fluxograma PRISMA, coletaram-se os dados por instrumento próprio, avaliou-se o nível de evidência, com apresentação dos achados por síntese descritiva. Resultados e discussão: Obteve-se uma amostra final de 12 estudos, com predomínio de idioma inglês, publicados de 2010 a 2023, nível de evidência 4, estudos observacionais. Verificou-se os seguintes fatores de risco relacionados à incidência de lesões por pressão: mobilidade prejudicada, infusão de grandes volumes de líquidos, múltiplas disfunções orgânicas e instabilidade hemodinâmica, dispositivos médicos, ventilação mecânica e perfusão tecidual deficiente, uso de drogas vasoativas e sedativas, valores críticos dos exames laboratoriais, hipertermia, hipotensão, presença de edemas e maior tempo de internação. Considerações finais: Dessa forma, observou-se que o desequilíbrio hemodinâmico e a imobilidade do paciente crítico são os riscos mais prevalentes para lesões por pressão, fazendo-se necessário a implementação precoce de estratégias de prevenção e escala preditivas para que contribuam para uma assistência à saúde segura e mais eficiente.