INTRODUÇÃO: O câncer mamário é caracterizado pelo crescimento de células cancerígenas na mama. O choque inicial do diagnóstico se manifesta de maneiras diversas, abrangendo desde preocupações relacionadas ao preconceito, ao estigma e ao impacto na autoimagem, até o receio da morte, as complicações decorrentes do tratamento e a apreensão em relação à possibilidade de recidiva. O processo também é influenciado por fatores culturais, sociais e econômicos, sendo visto de maneira única por cada paciente. OBJETIVO: Relatar a experiência de vivência em um grupo de mulheres que tiveram o diagnóstico de câncer de mama e a percepção da autoestima dessas mulheres frente ao câncer de mama. MÉTODOS: Trata-se de um relato de experiência em um grupo de mulheres com diagnóstico de câncer de mama, em um município no interior do Ceará. RESULTADOS: As mulheres participantes do grupo a maioria já passou por todo o tratamento, a questão da autoestima dessas mulheres surgiu dentre os assuntos discutidos. Observou-se que apesar do abalo emocional e as alterações físicas pelas quais vivenciaram, a vontade de lutar e vencer a doença foi preponderante, principalmente pelo amor aos seus familiares. Foram citados o medo, a insegurança, a incerteza como fatores que afetaram a autoestima delas nos primeiros momentos de diagnóstico e tratamento. A espiritualidade, o apoio de familiares e a procura por terapia, foram apontados também como estratégias de recuperação e superação. As histórias ouvidas retratam a importância do apoio emocional e da busca de maneiras de lidar com processo a fim de fortalecer a autoestima das mulheres. Essa busca tem característica individual, pois algo que ajudará uma, pode não funcionar para outra. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Percebeu-se através da vivência que a autoestima da mulher referente ao câncer de mama é uma situação que inicialmente, após dado o diagnóstico, se procede em algo bem peculiar, preocupante, de transformações, mas que com meios, buscados por elas mesmo, no sentido do que melhor se adapta a sua realidade, cultura, vida cotidiana, a notícia do diagnóstico e o tratamento são superados e a autoestima embora abalada, por alguns momentos, é revigorada.