Introdução: A surdez, segundo o Ministério da Saúde, é definida pela incapacidade ou impossibilidade de ouvir. A inclusão de pessoas surdas no serviço de saúde é deficitária devido à falta de comunicação adequada, pois os profissionais não são treinados em Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS). Para mulheres surdas a gravidez, parto e pós-parto é um grande desafio, pois a comunicação inadequada pode comprometer o acesso de informações essenciais sobre práticas corretas de amamentação, resultando no desmame precoce. Objetivo: Analisar as produções científicas sobre orientação de aleitamento materno para mães surdas. Método: Revisão integrativa da literatura, realizada no período de julho de 2024. Para a seleção dos artigos foi realizada uma busca nas bases de dados PubMed; Biblioteca Virtual em Saúde (BVS); Scientific Electronic Library Online (SciElo) e Google acadêmico através dos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) em cruzamento com o operador booleano and: “Breast Feeding”; “Deafness”, adotando como critérios de inclusão: artigos publicados na íntegra, nos últimos seis anos (2018 - 2024). Sendo excluídos notas prévias, resumos de eventos, duplicados e trabalhos de conclusão de curso. Resultados/discussão: Após as buscas, foram encontrados 9 artigos e destes, 3 foram selecionados para esta revisão. Diante da análise, foi constatada uma carência/escassez de publicações e observa-se que todos os estudos incluídos ressaltam várias limitações na assistência às mulheres surdas durante o período gravídico-puerperal. Os sentimentos de ansiedade, insegurança e estresse são predominantes no perfil dessas mães. Já os principais obstáculos para acessibilidade das mulheres nos serviços de saúde incluem a comunicação, a ausência de intérpretes e de profissionais fluentes em LIBRAS, tanto nas maternidades quanto em outros serviços de saúde, além de preconceito e estigmatização. Considerações finais: As limitações quanto a comunicação trazem inúmeros prejuízos ao binômio mãe-filho, principalmente na promoção do aleitamento materno, o qual culminará com o desmame precoce. Destaca-se a necessidade urgente de políticas e práticas que promovam a inclusão e acessibilidade para mulheres surdas nos serviços de saúde. Além disso, capacitação e formação para os profissionais em LIBRAS e a disponibilização de intérpretes são medidas essenciais para assegurar um atendimento equitativo e eficaz.