Introdução: A Síndrome de Guillain-Barré é um distúrbio autoimune que lesiona, principalmente a bainha de mielina na porção proximal dos nervos periféricos, resultando em fraqueza, paralisia dos membros, deficiência sensorial simétrica e ascendente com rápida evolução. Incapacitando o paciente no atendimento das suas Necessidades Humanas Básicas (NHB), demandando supervisão e avaliação apurada de sua progressão. O Processo de Enfermagem é uma ferramenta importante na implementação da assistência. Objetivo: Relatar a experiência no ensino do Processo de Enfermagem aplicada ao paciente com Síndrome de Guillain-Barré. Metodologia: Relato de experiência a partir da prática clínica em um Hospital Universitário, no período de 11 a 19 de maio de 2023. A Teoria das NHB de Wanda Horta foi o referencial metodológico utilizado e implementou-se as seis etapas do Processo de Enfermagem. O participante autorizou a construção deste relato, por meio da assinatura do seu acompanhante em razão de sua condição clínica. Resultados: O paciente foi admitido na Clínica Médica com queixa principal “dor no corpo, mal-estar e fraqueza nas pernas” após quadro gripal agudo. Os dados da entrevista e exame físico permitiram identificar os principais diagnósticos afetados com grau de dependência total: locomoção, mobilidade física, integridade cutâneo-mucosa, terapêutica medicamentosa, cuidado de higiene corporal e vestir-se. Plano assistencial FAOSE: terapêutica medicamentosa, aferição de sinais vitais, conforto no leito, auxiliar locomoção com cadeira de rodas, higiene corporal e oral, hidratação da pele e mucosas, orientação sobre a doença e terapêutica, encorajamento da utilização das capacidades residuais, confecção de órtese para extensão dos quirodáctilos. O prognóstico deu-se com dependência total para as NHB e melhora parcial para movimentos proximais dos membros superiores e inferiores. Considerações finais: O ensino da assistência orientado pelo Processo de Enfermagem possibilitou o desenvolvimento do cuidado singular com qualidade e humanização, a prevenção de agravos na permanência da hospitalização, além de orientação de apoio aos familiares cuidadores. A experiência mostrou-se uma fonte rica de conhecimento, visto a vivência como sedimentadora da atenção à individualidade do sujeito, notada a desenvoltura do caso clínico mediante os cuidados e a importância do acolhimento das demandas com o fortalecimento da prática clínica baseada em evidências.