Introdução: O nascimento prematuro, antes de 37 semanas de idade gestacional, é considerado um problema de saúde pública devido ao cenário significativo de recém-nascidos pré-termo (RNPT) que necessitem de cuidados complexos. Assim, percebe-se que o Método Canguru (MC) favorece o contato pele a pele precoce entre o bebê, mãe e/ou acompanhantes. Objetivo: Investigar, nas produções científicas, o papel da enfermagem na promoção do Método Canguru ao recém-nascido pré-termo na UTI neonatal. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa descritiva, de abordagem qualitativa, do tipo revisão de literatura, realizada nos meses de junho a julho de 2024. Estabeleceu-se a seguinte questão de pesquisa: Qual o papel do profissional de enfermagem na promoção do método canguru ao recém-nascido pré-termo em unidades de terapia intensiva neonatal? Utilizou-se os descritores “Método Canguru”, “Recém-Nascido Prematuro” e “Papel do Profissional de Enfermagem” combinados com o operador booleano AND. Foram encontrados 25 artigos, selecionou-se 10 artigos nos idiomas português, espanhol e inglês; disponíveis, de forma completa e gratuita, nas bases de dados SciELO, PubMed e Lilacs. Resultados: Evidencia-se como papel da equipe de enfermagem na implementação do MC nas unidades neonatais, agilizando o contato pele a pele o mais precoce possível com o RNPT: preparação do ambiente; orientação e treinamento para mães e acompanhantes; promoção do vínculo; monitorização e avaliação do binômio; apoio emocional; colaboração multidisciplinar; registro com documentação; cuidados diretos ao RNPT; promoção da continuidade do cuidado. Observou-se ainda, a redução nos entraves da efetivação do método quando a enfermagem se encontra engajada a gerar, nos cuidados de acolhimento, escuta, intervenções, estimulação, orientação e a promoção do contato pele a pele. Considerações finais: A equipe de enfermagem atua efetivamente na aplicação do MC, visto que está em tempo integral com o bebê e a família, contribuindo de forma positiva com a equipe multiprofissional, garantindo uma assistência humanizada, impactando na qualidade de vida do bebê e sua família. Ressalta-se que o MC, como uma tecnologia leve e de baixo custo, viabiliza o vínculo da equipe de enfermagem com a família, propiciando maior aderência ao método. Sugere-se investir em capacitação e atualização, garantindo a assistência com implantação de estratégias que atendam ao propósito do MC e facilitem a sua adesão de forma eficaz e segura.