Introdução: A educação sexual está presente na sociedade há décadas, e apesar de ser um debate de extrema importância para a saúde coletiva, também é tido como um estigma pela sexualização dessa pauta. Isso interfere consideravelmente na manutenção da transmissão das infecções sexualmente transmissíveis (IST’s). Objetivo: Analisar o impacto da carência das ações educativas realizadas pela equipe de enfermagem sobre as medidas de controle e prevenção das IST’s nas Unidades Básicas de Saúde. Metodologia: Foi realizado um estudo do tipo revisão de literatura integrativa. Critério metodológico baseado em pesquisas na base de dados digital da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). Foram utilizados os operadores booleanos AND e OR e as palavras chaves educação sexual, infecções sexuais, infecções sexualmente transmissíveis, IST’s, machismo e patriarcalismo. Os critérios de inclusão foram estudos publicados entre 2019 e 2024, nos idiomas português e espanhol. A partir das pesquisas foram obtidos 5830 artigos como resultado, destes selecionou-se 38 trabalhos, os demais foram excluídos por inconsistência temática e repetição de artigos. Resultados e discussões: Os estudos indicam que uma grande parcela dos entrevistados não estão cientes a respeito da disseminação e prevenção das infecções sexualmente transmissíveis, visto que adolescentes e adultos com vida sexual ativa acreditam ser dispensável o uso do preservativo além de não estarem cientes sobre as várias formas de transmissão dessas infecções. Em pesquisa complementar, foi constatado que muitas mulheres não sabem a diferença entre contracepção e prevenção, ou veem na prevenção uma forma de infidelidade o que torna descartável a utilização desse método com seus parceiros. Isso se dá devido ao déficit atrelado a falta de informações e ao preconceito estrutural ainda muito recorrente dentre este tema. Dessa forma, a enfermagem desempenha um papel crucial na propagação de ações educativas, especialmente nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), onde os profissionais de saúde têm a oportunidade de educar a comunidade sobre a prevenção de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). Considerações finais: Esse estudo destaca a importância da capacitação dos profissionais de enfermagem em temas de saúde sexual, abordando métodos de prevenção, diagnóstico e tratamento das IST’s através da disseminação de informações corretas e da promoção de práticas seguras, fortalecendo o aprendizado sobre sexualidade, cuidado e bem-estar.