Introdução: A educação em saúde se apresenta como uma estratégia de ensino ativa para a promoção do compartilhamento de saberes para a população. Nesse contexto, os graduandos de enfermagem podem atuar como facilitadores de intervenções educativas, baseadas no conhecimento científico, na aplicação lúdica e também centrada na troca de vivências e na prevenção de acidentes domésticos, uma vez que, a construção em saúde no ambiente escolar, configura-se como local favorável à abordagem de primeiros socorros. Objetivo: Relatar experiência de enfermeirandas extensionistas em intervenção educativa de primeiros socorros, com ênfase em choque e queimadura. Método: Estudo descritivo do tipo relato de experiência, oriundo da vivência acadêmica de graduandas de enfermagem de Universidade Pública, desenvolvido no âmbito de um Projeto de Extensão. Resultados/Discussão: As facilitadoras da intervenção foram responsáveis por apresentar aos adolescentes as possibilidades de intervirem em diversos cenários de choque e queimadura, abordando os protocolos a serem seguidos na assistência à vítima. Destacou-se a temática do período junino, época de maior exposição a queimaduras por artefatos explosivos, como forma de contextualizar as situações nas quais todos estão sujeitos a serem protagonistas e atuarem como prestadores dos primeiros socorros na comunidade. Nessa perspectiva, percebeu-se um perfil participativo dos escolares, com troca de experiências entre o grupo, focado, sobretudo, no protagonismo desses jovens, como multiplicadores de saberes em saúde. Além disso, a ação permitiu a execução de metodologia ativa e comunicativa, através do uso de cartazes informativos, criados pelas extensionistas, e discussões, desde a apresentação do conteúdo teórico-prático e simulações até as dinâmicas de perguntas e respostas sobre choque e queimadura, a fim de sanar dúvidas e fixar o assunto. Considerações finais: Portanto, evidenciou-se a importância da disseminação de princípios básicos de primeiros socorros em situações de choque e queimadura na comunidade, a fim de minimizar danos à saúde da vítima. Bem como fortalecer a autonomia das graduandas em ações educativas em saúde, colaborando com a multiplicação de saberes, diante da jornada universitária.