Introdução: A hipertensão arterial sistêmica (HAS) e a obesidade consistem em problemas de saúde pública, afetando milhões de pessoas por ano. Ambas, com prevalência expressiva em homens, população que preocupa pelas baixas taxas de procura aos serviços de saúde, o estereótipo masculino ainda cria resistência à adoção de práticas de autocuidado pelo homem, buscando por assistência quando mais velhos e para tratamento de complicações dessas patologias. Portanto, aplicações de ações educativas sobre o tema que contemplem este segmento populacional são essenciais para proporcionar prevenção e controle da HAS e obesidade. Objetivo: Descrever o perfil de níveis pressóricos e índice de massa corporal (IMC) da população assistida durante o 1° Mutirão de Promoção à Saúde do Homem-2024, realizado no município de Olinda, PE. Método: Trata-se de um relato de experiência, vivenciado durante o Mutirão de Promoção à Saúde do homem realizado no dia 16 de julho de 2024 pela Clínica do Homem, em Olinda, PE. Os valores pressóricos e de IMC foram coletados por discentes do curso de Enfermagem da Universidade de Pernambuco e contou com a participação de aproximadamente 45 homens. A aferição da pressão arterial foi realizada por método oscilométrico com aparelho digital automático de braço. Resultados/Discussão: Ao reunir os resultados, obteve-se que 46,6% estão acima do peso, 20% estão com obesidade grau I, 2,2% com obesidade grau III, de acordo com a tabela de IMC adotada pela Organização Mundial da Saúde. Além disso, de acordo com a classificação da Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial da Sociedade Brasileira de Cardiologia de 2020, a pressão arterial dos pacientes distribuiu-se de forma que 28,9% classifica-se em HA estágio I, 15,5% em HA estágio II e 8,9% em HA estágio III. Dessa forma, os dados evidenciam a prevalência significativa de sobrepeso e obesidade, assim como uma alteração expressiva da pressão arterial. Considerações finais: Observa-se que apesar do engajamento dos homens participantes, parte do grupo enfrenta obstáculos para se manter atualizado quanto ao seu estado de saúde ou por vezes identifica alterações, mas as subestimam ou até mesmo, por algum desafio, não conseguem dar seguimento ao diagnóstico/tratamento da doença. Além disso, foi possível reafirmar a importância de espaços como mutirões como oportunidades para disseminar orientações à adoção de hábitos saudáveis e a regularidade nas consultas.