Introdução: A contação de histórias é um poderoso método de ensino ao combinar narrativa e ludicidade. Esse recurso contribui no desenvolvimento cognitivo e socioemocional das crianças, a importância do uso do lúdico está na capacidade de tornar a experiência mais apreciável, facilitando o entendimento das próprias emoções. Além disso, a integração entre cultura e arte no ensino das neurociências é crucial para desenvolver o aprendizado. A cultura ajuda a entender a diversidade humana no cérebro, e a arte explora criativamente processos cognitivos e emocionais. Objetivo: Descrever um relato de experiência sobre o uso da arte e cultura como recursos para o ensino de neurociências. Método: Trata-se de um estudo do tipo relato de experiência, desenvolvido por acadêmicos de enfermagem do projeto de extensão em neurociência-Neuroconto, que visa o ensino de neurociências através da contação de histórias, sendo adotado o livro “As dúvidas de Stem, uma pequena célula multipotente”, que conta a história de uma célula tronco do cérebro que tomará a decisão de qual tipo de célula irá se transformar: um astrócito, um oligodendrócito ou um neurônio. Para isso, são utilizados fantoches que representam cada célula cerebral. Resultados/Discussão: A arte e a cultura oferecem diversas contribuições na educação, como o estímulo à criatividade e expressão, por meio da contação de história, é possível vincular múltiplas áreas do conhecimento. Ademais, a vivência permitiu identificar habilidades desenvolvidas pelas crianças, como a reflexão sobre as funções cerebrais, demonstração breve do conhecimento sobre o cérebro através de suas vivências familiares. Portanto, a abordagem com fantoches fortaleceu o engajamento das crianças, tornando o aprendizado mais relevante, melhorando a memorização e atenção, resultando o aprendizado em experiências sensoriais, pois estimula as crianças a manusearem os fantoches manifestando o que entenderam. A contação de história pode ser adaptada para atender às necessidades de diferentes estilos de aprendizado, promovendo a inclusão na sala de aula, especialmente para crianças autistas. Considerações finais: Por fim, percebe-se que nem todas as escolas têm recursos suficientes, o que limita a implementação dessas atividades. Assim como, é essencial capacitações para garantir segurança dos profissionais na transmissão do conteúdo para crianças atípicas. Apesar dos desafios, esses métodos podem transformar e enriquecer o ensino desde a infância.