INTRODUÇÃO: a gestação é um período marcado por alterações psicológicas, endócrinas e anatomofisiológicas. Como efeito, desencadeia manifestações desconfortáveis para a gestante, tais como náuseas, êmese, dores no corpo, indisposição, edema e constipação. Nessa perspectiva, cabe ao enfermeiro realizar ações de prevenção e promoção à saúde na Atenção Primária à Saúde (APS), para disseminar informações e orientar estratégias de enfrentamento, contribuindo para o letramento em saúde. Contudo, a falta de investimentos no setor saúde ao longo dos anos afeta os objetivos da APS, sendo observada fragilidade na aplicação do princípio da equidade, a exemplo da disparidade no letramento em saúde durante o período gestacional. Desse modo, destaca-se a importância da utilização de tecnologias educacionais à luz da teoria do autocuidado de Dorothea Orem, haja vista a necessidade de estimular o autocuidado em gestantes e minimizar fatores que comprometem o seu conforto. OBJETIVO: construir uma tecnologia educacional sobre queixas comuns durante a gestação, à luz da Teoria do Autocuidado, de Orem. MÉTODO: trata-se de um estudo metodológico de desenvolvimento tecnológico, originado a partir da penúltima etapa do Arco de Maguerez. Dessa forma, o estudo foi realizado em duas etapas: revisão de literatura nas bases de dados Scientific Electronic Library Online (SciELO) e Medical Literature Analysis and Retrievel System Online (Medline), para definição do conteúdo da tecnologia; e, construção de um infográfico, dado seu caráter ilustrativo e menos cansativo para leitura. RESULTADOS/DISCUSSÕES: o infográfico destacou as queixas de indisposição, problemas gastrointestinais e náuseas e vômitos, frequentemente relatados por gestantes. Outrossim, a tecnologia forneceu algumas dicas para minimizar o desconforto provocado por estas queixas. CONSIDERAÇÕES FINAIS: a construção de tecnologias educacionais baseadas em evidências, alinhadas com o modelo de autocuidado de Orem, pode contribuir significativamente para o bem-estar das gestantes. Essas ferramentas, por sua vez, devem ser acessíveis, culturalmente sensíveis e abordar as necessidades específicas das mulheres durante essa fase importante da vida.