Introdução: No processo de trabalho da Enfermagem, atualmente, muito é discutido sobre a importância da Enfermagem Baseada em Evidências (EBE), uma abordagem prática dos profissionais de enfermagem que utilizam as melhores evidências disponíveis para tomar decisões clínicas, aprimorando constantemente os padrões de cuidado. Objetivo: O objetivo deste estudo é relatar a experiência prática de servidores públicos, destacando os desafios enfrentados na implementação de práticas baseadas em evidências na enfermagem. Método: Trata-se de um estudo de cunho descritivo, com abordagem qualitativa, do tipo relato de experiência, construído a partir da vivência de servidores públicos no setor de urgência e emergência em um Hospital da Região Metropolitana de João Pessoa-Paraíba. Resultados e discussão: Há a persistência na aplicação de injetáveis na região dorso-glútea, quando a região ventroglútea é considerada mais segura por estar livre de grandes nervos e vasos. Essa resistência à adoção de novas técnicas e à atualização das práticas impede a incorporação efetiva de novas tecnologias. Além disso, verifica-se uma banalização no uso de escalas e protocolos, como a Escala Visual Analógica que é essencial para a aferição da intensidade da dor, especialmente em pacientes com politraumatismos. É notório que muitos profissionais de saúde não utilizam esse parâmetro crucial na assistência, evidenciando uma lacuna no manejo da dor. Outra questão crítica é a ausência de Procedimentos Operacionais Padrão (POPs) atualizados nas atividades de enfermagem, o que resulta em uma execução repetitiva e não reflexiva dos procedimentos ao longo dos anos. Desde as teorias de Florence Nightingale até as de Wanda Horta, as teorias de enfermagem são fundamentais para a prática, educação e a pesquisa, ajudando na compreensão do cuidado, da interação e da organização dos serviços de saúde. No entanto, apesar dessas diretrizes e das inovações em tecnologia em saúde muitos profissionais ainda resistem à mudança, o que dificulta a atualização e a adoção de novas práticas e tecnologias. Considerações finais: Portanto, é imperativo reconhecer que a enfermagem é uma ciência em constante evolução, que demanda mais do que a mera repetição de práticas. A ciência da enfermagem exige a integração contínua de novas evidências e a reflexão crítica sobre as práticas estabelecidas para garantir a excelência no cuidado ao paciente.