Introdução: A saúde mental infantil é fundamental para o desenvolvimento integral da criança, que influencia na sua capacidade de aprender, se relacionar e enfrentar desafios. Estudos relatam que cerca de 20% das crianças em todo o mundo têm apresentado problema de saúde mental e apesar do impacto causado por esses problemas, são escassas as políticas públicas voltadas para a saúde mental infantil. Objetivo: Identificar os fatores que contribuem para o desenvolvimento de transtornos mentais em crianças. Método: Trata-se de uma pesquisa de revisão de literatura, realizada na Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), nas bases de dados LILACS e SciELO, com recorte temporal entre os anos 2019 a 2024, em português, espanhol e inglês. Foram utilizados os descritores: “saúde mental”, “crianças”, “enfermagem”, combinados com os operadores booleanos “AND”, “OR”, e “NOT”. A amostra foi composta por 08 estudos. Resultados e discussões: Do total dos 08 estudos incluídos, verificou-se que três usaram abordagem quantitativa realizando a pesquisa na região sudeste do Brasil e cinco foram estudos de revisão integrativa da literatura. Percebeu-se que 80% dos estudos analisados relatam que alguns pais contribuem para o desenvolvimento de transtornos mentais de seus filhos, pois todas as suas atitudes são reproduzidas naturalmente pelas crianças, além de abusos físicos, psicológicos e violência provocados por eles, que também são fatores de risco que influenciam significativamente para o desenvolvimento do sofrimento mental infantil e 20% dos estudos relatam que o excesso de uso de telas por crianças podem prejudicar o desenvolvimento emocional, social e cognitivo, além de obesidade e má qualidade de sono na idade pré-escolar, repercutindo significativamente no comprometimento da saúde mental da criança. Considerações finais: Os transtornos mentais impactam consideravelmente o desenvolvimento infantil, causando não apenas prejuízo ao funcionamento geral da criança como também podendo se tornar mais graves e crônicos na vida adulta se não forem diagnosticados e tratados adequadamente. É fundamental que seja criado diretrizes mais eficazes para a detecção precoce desses transtornos pelos profissionais de saúde, principalmente os que atuam no contexto de Estratégia de Saúde da Família que estão mais próximos do ambiente em que as crianças vivem e interagem socialmente. Em suma, destaca-se a importância da realização de mais estudos acerca da temática, devido à escassez de dados.