
Anais - 26º CBCENF
Resumo
Título:
GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA: ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO FRENTE ÀS DESIGUALDADES SOCIAIS E VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA
Relatoria:
Márcia Eduarda Vieira De Souza
Autores:
- Vinicius Sales Yoshii
- Alice Barbosa Goulart
Modalidade:
Pôster
Área:
Eixo 1: Assistência, gestão, ensino e pesquisa em Enfermagem
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: A violência obstétrica pode ocorrer de várias formas, desde comentários desagradáveis até intervenções físicas e a recusa de acompanhante para a parturiente. Agressão a gestantes menores de idade não se limita ao parto, começando desde a descoberta da gravidez e se estendendo ao longo da gestação, incluindo situações de aborto espontâneo. Tais atos violentos podem resultar em danos físicos e problemas psicológicos, especialmente em adolescentes dependentes financeiramente e sem apoio familiar diante de uma gravidez indesejada, levando ao abandono e rejeição. Objetivo: Discutir vivências de adolescentes grávidas lidando com obstáculos sociais, emocionais e de violência durante o parto no Brasil, ressaltando a importância crucial do enfermeiro na abordagem desses temas. Método: Revisão bibliográfica realizada analisando 8 artigos científicos, sendo 4 da plataforma SciELO, publicados entre 2017 e 2023. Artigos com mais de dez anos foram excluídos devido possíveis atualizações ao longo dos anos. Resultados e Discussão: Durante pesquisa no Brasil, foi constatado que 1.412.587 jovens entre 15 e 19 anos se tornaram mães, sendo 1.000.727 mães solteiras, o que as torna mais vulneráveis a problemas como depressão e baixa autoestima. A responsabilidade de cuidar do bebê muitas vezes leva essas mulheres a abandonarem os estudos e essa situação tem um efeito negativo na sua qualificação educacional e na preparação para o mercado de trabalho, o que resulta em salários mais baixos ao conseguirem um emprego. Muitas dessas adolescentes sofrem violência obstétrica, sendo pressionadas a aceitar procedimentos desnecessários, logo, é crucial que os enfermeiros demonstrem respeito, empatia e transmitam confiança para assegurar o bem-estar das adolescentes durante a gestação e parto. Dessa forma, os profissionais podem prevenir incidentes desnecessários e garantir mais segurança, respeitando as escolhas da parturiente e colaborando com os demais membros da equipe de saúde. Conclusão: A gravidez na adolescência é um tema de saúde pública que impacta vários aspectos tanto da vida da adolescente quanto do bebê no porvir. O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) garante o direito das crianças e adolescentes à consulta de enfermagem e ao planejamento familiar, incluindo orientação sobre métodos contraceptivos e prevenção da gravidez. É fundamental garantir um atendimento humanizado às jovens, com a participação ativa dos enfermeiros em todas as etapas da gestação.