Introdução: A Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP) é uma disfunção endócrina, multifatorial, comum em mulheres em idade fértil, caracterizada por alterações reprodutivas e hiperandrogênicas. Fatores como os genéticos, metabólicos e ambientais, têm sido relacionados como os possíveis envolvidos na gênese dessa síndrome. Nesse sentido, o tratamento envolve, além do controle dos sintomas, modificações no estilo de vida. Objetivo: Destacar, através das produções científicas, os benefícios da terapia não farmacológica no tratamento de mulheres com a Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP). Metodologia: Pesquisa bibliográfica, qualitativa, do tipo revisão de literatura, realizada nos meses de junho a julho de 2024. A coleta de dados se deu através de pesquisa nas bases de dados Scielo, PubMed e Lilacs, utilizando os descritores “Síndrome dos Ovários Policísticos”, “Saúde da Mulher” e “Tratamento Não Farmacológico” combinados com o operador booleano AND. Foram encontrados 10 artigos, destes 07 foram selecionados para compor o estudo. Resultados: A análise dos estudos revelou uma variabilidade de tratamentos possíveis, destacando a importância das modificações no estilo de vida como os principais pilares para melhora das alterações hormonais, restabelecimento da ovulação e da fertilidade. Os resultados apontam a importância da redução do peso corporal, através de dieta balanceada e exercícios físicos, melhora do perfil metabólico e endócrino, bem como a redução da curva total de insulina, dos níveis de LDL e controle da pressão arterial, além da normalização dos ciclos menstruais. Observou-se também, a importância da terapia antioxidante, visto que o estresse oxidativo tem participação nos defeitos da sinalização da insulina, através da suplementação com ácido alfalipóico e probióticos, uso do chá-verde e de canela. Além disso, destacou-se a eficácia do uso de sensibilizadores de insulina contendo inositol na melhora da sensibilidade à insulina e regulação de TSH e FSH. Considerações finais: O tratamento não farmacológico para mulheres com SOP, fundamentado na mudança do estilo de vida, se destaca como uma alternativa de baixo custo, sem efeitos adversos, devendo ser recomendado a todas as mulheres com a síndrome, não diferindo das orientações para a população em geral. Diante do exposto, conclui-se que o melhor entendimento da SOP impacta diretamente na qualidade de vida das pacientes, pois pode acarretar em maior aderência das mulheres a esse tratamento.