Introdução: O lúpus eritematoso sistêmico (LES) é uma doença autoimune crônica multissistêmica de origem indefinida. Entretanto, está relacionada a fatores hormonais, genéticos e ambientais. É uma doença multissistêmica e afeta principalmente as células sanguíneas, as articulações, a pele, as membranas serosas, os vasos sanguíneos, o cérebro e os rins. Além da disfunção reumatológica, pode causar distúrbios neuropsiquiátricos como depressão e ansiedade. Salienta-se que os transtornos mentais em pessoas com LES têm alta prevalência e um grande impacto na qualidade de vida, podendo acarretar em incapacidades, podendo prejudicar a manutenção e adesão ao tratamento. Objetivo: Investigar os transtornos mentais em pessoas com lúpus eritematoso sistêmico. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa realizada por meio de buscas de estudos nas bases de dados: PubMed, LILACS e BVS, sendo utilizados os Descritores em Ciências da Saúde (DeCS): “Lupus Erythematosus”, “Mental Health” e “Autoimmune Diseases”, cruzados pelo operador booleano AND. Utilizou-se a estratégia PICOS e a pergunta norteadora “Quais transtornos mentais relacionados ao lúpus?”. Resultados e Discussão: Foram identificados 99 artigos e selecionados 12 para compor a amostra dessa revisão. A análise evidenciou altas taxas de ansiedade, depressão e outros transtornos em indivíduos com LES, principalmente associados ao estresse psicossocial devido a complexidade da doença e suas repercussões na vida da pessoa e seus familiares. Esses indivíduos convivem com a cronicidade de sintomas físicos, como dor e fadiga, que são indicadores de qualidade de vida e se relacionam com ansiedade e depressão. Observou-se um déficit de estratégias de cuidado para o manejo de sintomas psicológicos em pessoas com LES. Considerações Finais: Essa revisão mostrou a alta prevalência de transtornos mentais em pessoas com lúpus e que o agravamento da saúde mental dificulta o tratamento do LES. Devido aos sinais e sintomas inerentes ao LES, o diagnóstico de depressão, ansiedade ou outros transtornos mentais poderão estar sendo pouco investigados ou negligenciados, cursando com a demora do diagnóstico dos distúrbios neuropsíquicos e acesso ao tratamento específico. Sugere-se investimento em pesquisas voltadas para essa temática, bem como a inserção de investigação e estratégia de cuidados específicos para a promoção à saúde mental de pessoas com lúpus, principalmente relacionados ao manejo da depressão e ansiedade.