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Anais - 26º CBCENF

Resumo

Título:
ISOLAMENTO SOCIAL, SOLIDÃO E SAÚDE MENTAL DURANTE A PANDEMIA DE COVID-19
Relatoria:
Sophia de carvalho Lima
Autores:
  • Lourdes Karoline Almeida Silva
  • Joelson dos Santos Almeida
Modalidade:
Pôster
Área:
Eixo 1: Assistência, gestão, ensino e pesquisa em Enfermagem
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introduçao: A pandemia covidiana exacerbou elementos capitalísticos como o isolamento social e a solidão, resultando em impactos significativos na saúde mental, na formação cidadã e na construção de vínculos afetivos. O aumento dos transtornos mentais, influenciados pela quarentena, pelo luto, desemprego, perdas financeiras e pela redução do acesso aos serviços de saúde mental, revela um panorama preocupante. O medo pandêmico elevou níveis de ansiedade e estresse, afetando indivíduos saudáveis e aqueles com condições psiquiátricas preexistentes. Além disso, a pandemia intensificou pressões neoliberais, resultando na precarização das políticas públicas de saúde mental, como o desmantelamento gradual da reforma psiquiátrica, que contribuiu para o afastamento dos usuários dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), gerando desânimo e distanciamento afetivo. Objetivos: Analisar o impacto da dupla de elementos capitalísticos, isolamento social e solidão, sobre a saúde mental da população brasileira. Métodos: Pesquisa bibliográfica, na área das Ciências Sociais: "O Suicídio", de Émile Durkheim; "Sobre o suicídio", de Karl Marx; "Origens do Totalitarismo",de Hannah Arendt; "As Doenças têm História", de Jacques Le Goff; "A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo", de Max Weber; "A Democracia na América" volume 2, de Alexis de Tocqueville; e "A Sociedade do Cansaço", de Byung-Chul Han.Resultados:Resultados: O ano de 2020 destacou a separação entre pensamento e realidade, evidenciando a necropolítica do governo Bolsonaro na gestão da pandemia. Esta, piorou as desigualdades socio-raciais, que, por sua vez, pioraram a pandemia, com os mais pobres e negros sendo as principais vítimas políticas covidianas. A gestão bolsonarista da pandemia deixou um legado de morte e sofrimento evitáveis, revelando uma catástrofe moral na sociedade brasileira. Tal contexto explicita a relação entre política e saúde mental, destacando como o isolamento social e a solidão, elementos capitalísticos, foram amplificados durante a pandemia. Conclusão: É preciso, em contraposição à educação para a morte, que adoece física e mentalmente as pessoas, uma educação pautada no entendimento de que o adoecimento mental não é individual. É também estrutural do sistema capitalista patriarcal, individualista e competitivo, que desumaniza o humano. Assim, possibilita-se desenvolver a consciência dessa situação em relação ao impacto do isolamento social e da solidão durante a pandemia covidiana.