Introdução: A gravidez na adolescência é um problema global que aumenta os riscos de morbidade e mortalidade materna e infantil. Nesse contexto, a educação em saúde é uma ferramenta poderosa. Os enfermeiros, como parte fundamental da equipe multidisciplinar, desempenham um papel crucial na assistência aos adolescentes. Objetivo: Analisar o papel do enfermeiro na promoção da saúde sexual e reprodutiva de adolescentes, focando na prevenção da gravidez na adolescência. Também buscou-se explorar as práticas educativas e as dificuldades enfrentadas pelos enfermeiros na implementação dessas ações preventivas. Metodologia: Foi realizada uma Revisão Integrativa da literatura utilizando a estratégia PICo. Foram incluídos artigos dos últimos 5 anos, em português, inglês ou espanhol, obtidos das bases SCIELO e BVS. A análise dos estudos seguiu critérios rigorosos de inclusão e exclusão para garantir a relevância e qualidade dos dados. Resultados: A busca sistematizada resultou em 144 manuscritos, dos quais 8 foram encontrados na SCIELO e 136 na BVS. Após a aplicação dos filtros, 8 artigos foram selecionados. As práticas educativas dos enfermeiros incluíram orientações individuais, grupos educativos, palestras e uso de mídias sociais. Desafios como falta de tempo, recursos insuficientes e preconceitos dificultaram a implementação eficaz dessas ações. Discussão: As estratégias educativas são essenciais, mas enfrentam obstáculos significativos. A necessidade de capacitação contínua dos profissionais e a superação de preconceitos e tabus são cruciais para melhorar a eficácia das ações preventivas. Considerações Finais: O estudo reforça a importância dos enfermeiros na promoção da saúde sexual e reprodutiva dos adolescentes e na prevenção da gravidez na adolescência. Recomenda-se priorizar a educação sexual, investir em capacitação profissional, ampliar o acesso a recursos e combater preconceitos para melhorar os resultados das ações preventivas. A articulação intersetorial é vital para uma abordagem eficaz.